O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a uma embolização para evitar novos sangramentos, após complicações recentes.
12 de Dezembro de 2024 às 06h12

Lula passará por novo procedimento para bloquear fluxo sanguíneo no cérebro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a uma embolização para evitar novos sangramentos, após complicações recentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está agendado para passar por um novo procedimento médico nesta quinta-feira, dia 12, com o objetivo de interromper o fluxo de sangue em uma região específica de seu cérebro. Essa intervenção visa prevenir a ocorrência de novos sangramentos, semelhantes ao que ele enfrentou recentemente.

A embolização das artérias meníngeas, que irrigam as meninges — membranas que envolvem o sistema nervoso central — será realizada para bloquear o fluxo sanguíneo na área afetada. O procedimento consiste na inserção de um cateter, através do qual o cirurgião injeta um material que obstrui a artéria, interrompendo assim a circulação sanguínea no local.

Com essa medida, os médicos esperam minimizar os riscos de novos episódios hemorrágicos, proporcionando uma recuperação mais segura para o presidente. A decisão de realizar a embolização foi tomada após Lula ter sentido fortes dores de cabeça na noite de segunda-feira, dia 9, o que o levou a buscar atendimento médico no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Devido à gravidade do quadro, ele foi transferido para São Paulo, onde passou por uma cirurgia de emergência.

Após a cirurgia, que consistiu em uma craniotomia para drenagem de um hematoma, Lula foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanece sob observação. O boletim médico divulgado pela equipe que o atende, composta pelos médicos Roberto Kalil Filho e Marcos Stavale, indicou que a cirurgia foi bem-sucedida e que o presidente está recebendo cuidados adequados, incluindo acompanhamento da infectologista Ana Helena Germoglio.

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Na tarde de terça-feira, dia 10, Lula começou a apresentar sintomas como dor de cabeça intensa e sonolência, o que motivou uma avaliação médica mais detalhada. Ele havia se reunido com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, antes de decidir pela realização de exames, que foram antecipados devido ao agravamento de seu estado de saúde. A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, esteve ao seu lado durante todo o processo.

O novo procedimento, que já era previsto como parte do tratamento, foi confirmado em um boletim médico recente, que descreveu a embolização como uma complementação à cirurgia anterior. Essa abordagem menos invasiva é considerada uma estratégia eficaz para lidar com complicações que podem surgir após hemorragias cerebrais, especialmente em pacientes mais velhos.

Os médicos ressaltaram que complicações como a hemorragia cerebral podem ocorrer em qualquer momento, muitas vezes sem que o paciente tenha consciência de uma queda ou trauma anterior. O acompanhamento contínuo é essencial para identificar e tratar essas situações antes que se tornem mais graves.

A expectativa é que, com a realização deste novo procedimento, Lula possa se recuperar plenamente e retornar às suas atividades normais, mantendo-se à frente da presidência da República.

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