Agentes buscam evidências em local de onde teria partido tiro que atingiu Gisele Mendes
13 de Dezembro de 2024 às 09h44

Polícia Civil realiza operação no Complexo do Lins após morte de médica da Marinha

Agentes buscam evidências em local de onde teria partido tiro que atingiu Gisele Mendes

A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou, na manhã desta sexta-feira, uma operação no Complexo do Lins, especificamente na comunidade do Morro do Gambá, com o objetivo de realizar uma perícia técnica na casa de onde supostamente partiu o tiro que resultou na morte da médica da Marinha, Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos. A ação é um desdobramento do caso que chocou a sociedade e levantou questões sobre a segurança na região.

Gisele Mendes foi atingida por uma bala perdida na última terça-feira, enquanto participava de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, anexo ao Hospital Naval Marcílio Dias, em Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio. O disparo, que entrou pela janela do local, causou ferimentos fatais na médica, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

As equipes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estão mobilizadas na operação, que conta com o apoio de 80 agentes. A expectativa é que a análise da casa abandonada, onde se acredita que o tiro tenha sido disparado, complemente as investigações já realizadas no auditório onde a médica foi atingida.

O laudo preliminar da perícia já indicou que o disparo que matou Gisele teria partido da parte alta da comunidade, onde há uma presença significativa de facções criminosas, como o Comando Vermelho. A região é conhecida por ser um ponto de conflito entre traficantes e forças de segurança, o que levanta preocupações sobre a segurança dos moradores e profissionais que atuam na área.

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Na manhã de quinta-feira, a Marinha do Brasil intensificou a segurança nas imediações do Hospital Naval Marcílio Dias, com a presença de fuzileiros navais e veículos blindados. A medida visa garantir a segurança dos usuários e funcionários da unidade de saúde, especialmente após a morte da médica, que era uma profissional respeitada e atuava como superintendente de saúde no hospital.

O corpo de Gisele Mendes foi cremado na tarde de quinta-feira, em uma cerimônia reservada a familiares e amigos, que lamentaram a perda de uma profissional dedicada e admirada. A médica, formada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), era especializada em geriatria e havia representado a Marinha em diversas missões, incluindo treinamentos voltados para situações de emergência e crises humanitárias.

A operação da Polícia Civil no Complexo do Lins é um reflexo da necessidade de respostas e justiça em um caso que expõe a fragilidade da segurança pública na região. A morte de Gisele Mendes, a 105ª vítima de bala perdida no Grande Rio em 2024, levanta questões sobre a violência armada e a proteção de profissionais que atuam em áreas de risco.

A Marinha do Brasil expressou seu pesar pela morte da médica e reafirmou seu compromisso em apoiar a família e amigos neste momento difícil. A instituição também está atenta às investigações em andamento, que buscam esclarecer as circunstâncias que levaram ao trágico incidente.

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