Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, foi atingida durante evento no Hospital Marcílio Dias e não resistiu aos ferimentos.
11 de Dezembro de 2024 às 09h12

Tiro que matou médica da Marinha entrou pela janela do 2º andar do hospital naval

Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, foi atingida durante evento no Hospital Marcílio Dias e não resistiu aos ferimentos.

A morte da capitã médica da Marinha, Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, ocorreu em circunstâncias trágicas na última terça-feira (10), quando ela foi atingida por um disparo enquanto participava de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, localizada no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o tiro que atingiu Gisele entrou pela janela do segundo andar do prédio. A perícia preliminar indica que o disparo foi feito de uma posição elevada, possivelmente durante um confronto entre forças policiais e criminosos nas proximidades do hospital.

Gisele, que era superintendente de saúde do hospital e se preparava para uma promoção ao cargo de almirante médica, foi socorrida imediatamente e submetida a uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois. O projétil, que atingiu sua testa e ficou alojado na nuca, foi recolhido pela perícia, que suspeita que tenha sido disparado por uma pistola.

O momento da tragédia coincide com uma operação policial na comunidade do Gambá, que fica a poucos metros do hospital. A Polícia Militar informou que a operação visava combater o tráfico de drogas na região, onde frequentemente ocorrem confrontos armados.

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Gisele formou-se em medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em 1993 e especializou-se em geriatria. Desde 1995, ela servia na Marinha e havia ocupado cargos de destaque, incluindo a direção do Hospital Naval de Brasília. Sua trajetória profissional era marcada por um forte compromisso com a saúde pública e a assistência humanitária.

A morte da médica ocorreu no dia do aniversário de 22 anos de seu filho mais novo, Daniel Mello, que expressou sua dor nas redes sociais, dizendo: “De coração partido, mas com fé que Deus sabe de tudo, vai em paz, mãe. Que seus guias estejam contigo!” O outro filho, Carlos Eduardo Mello, de 31 anos, também está devastado pela perda.

Felipe Lacerda Mendes, irmão de Gisele, revelou que ela tinha aspirações de participar de missões humanitárias e havia feito um curso da Organização das Nações Unidas (ONU) para se preparar para esse tipo de atuação. Ele destacou que Gisele sempre teve um forte desejo de ajudar os outros e que sua morte deixou a família em estado de choque.

“Ela estava em uma cerimônia do Corpo de Saúde, e, no momento da confraternização, a bala entrou. O pessoal só se deparou com ela caindo no chão e a poça de sangue na cabeça”, relatou Felipe, que também mencionou a tristeza dos pais, ambos com 85 anos, e a necessidade de amparar o pai neste momento difícil.

A Marinha do Brasil lamentou profundamente a morte de Gisele, destacando sua dedicação e contribuição à instituição. Em nota, a Marinha afirmou que está prestando todo o apoio necessário à família da médica neste momento de grande dor.

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