Menor aprendiz foi enganada por gerente para transportar dinheiro furtado em caixas de papelão em Vitória, ES.
13 de Dezembro de 2024 às 11h59

Adolescente de 14 anos é usada em furto de R$ 1,5 milhão do Banco do Brasil

Menor aprendiz foi enganada por gerente para transportar dinheiro furtado em caixas de papelão em Vitória, ES.

Uma adolescente de apenas 14 anos, que atuava como menor aprendiz em uma agência do Banco do Brasil em Vitória, Espírito Santo, se tornou involuntariamente parte de um audacioso furto que resultou na subtração de R$ 1,5 milhão. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando o gerente da agência, Eduardo Barbosa de Oliveira, de 43 anos, a convenceu a ajudá-lo a transportar caixas de papelão que, segundo ele, continham documentos importantes.

Eduardo, que ocupava uma posição de gerência na instituição, foi flagrado pelas câmeras de segurança ao deixar a agência com as caixas, que na verdade estavam repletas de cédulas de dólar, euro e real. A jovem, sem qualquer conhecimento do que realmente estava acontecendo, foi usada como um meio para facilitar a fuga do gerente.

Em depoimento à polícia, a adolescente afirmou que Eduardo lhe disse que as caixas continham documentos e que ela não deveria remover nada. “Ele me pediu para ajudar, dizendo que era apenas papelada”, relatou a jovem, que se viu em uma situação complicada sem ter ciência do crime que estava sendo cometido.

A polícia, ao investigar o caso, concluiu que a menor não teve participação ativa no furto e a considerou uma testemunha. O Banco do Brasil, por sua vez, informou que sua área de segurança detectou o furto e imediatamente comunicou as autoridades, colaborando com as investigações que levaram à prisão de Eduardo e de sua companheira, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos.

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O casal foi capturado no dia 18 de novembro, na BR-158, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, a mais de 2 mil quilômetros de distância de Vitória. Durante a abordagem, a Polícia Rodoviária Federal recuperou R$ 763.438, além de 70.700 euros e US$ 41.940, que estavam escondidos em malas e no estepe do veículo que utilizavam para a fuga.

Além do dinheiro, o casal também transportava um gato e um cachorro, que foram posteriormente entregues a ONGs locais para cuidados. Eduardo Barbosa enfrentará acusações de furto qualificado e tentativa de evasão de divisas, enquanto Paloma responderá como cúmplice no crime. Ambos permanecem detidos à disposição da Justiça no sistema prisional gaúcho.

As investigações revelaram que o crime foi premeditado, com evidências que incluem vídeos de segurança e depoimentos de testemunhas. A ex-esposa de Eduardo também prestou depoimento, afirmando que ele lhe entregou R$ 20 mil no dia do furto, quantia que ela devolveu ao descobrir que era parte do dinheiro roubado.

O caso levanta questões sobre a segurança nas instituições financeiras e a vulnerabilidade de jovens em situações de manipulação por adultos. O Banco do Brasil reafirmou seu compromisso em colaborar com as investigações e garantir a segurança de seus clientes e funcionários.

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