Ciclone subtropical pode atingir o Rio Grande do Sul com ventos intensos e chuvas
Instituto Nacional de Meteorologia alerta para tempestades e riscos de danos em diversas cidades
O Rio Grande do Sul está sob alerta para a possível formação de um ciclone subtropical, com previsão de tempestades e ventos intensos neste domingo, 15 de dezembro. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de grande perigo, especialmente para as regiões do litoral e interior do sul gaúcho, próximo ao Uruguai.
De acordo com o Inmet, as chuvas podem ultrapassar 100 mm por dia, e os ventos podem atingir velocidades superiores a 100 km/h. O alerta começou na noite de sábado, 14, e está previsto para se encerrar ao meio-dia deste domingo. As áreas mais afetadas devem ser o sul e leste do estado, onde há um “grande risco de danos em edificações, cortes de energia elétrica, quedas de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário”. Na segunda-feira, 16, o sistema deve se deslocar para alto-mar.
A MetSul, um site especializado em meteorologia, destaca que o ciclone se deslocará pela terra, e não sobre o mar. As instabilidades climáticas devem ser sentidas ao longo do dia, conforme o ciclone avança pelo centro e leste do estado, podendo atingir a capital Porto Alegre e a região metropolitana no período da tarde.
O meteorologista Estael Sias, da MetSul, afirma que “quando o sistema alcançar a área de Porto Alegre, tende a estar mais fraco, mas ainda podem ocorrer algumas rajadas na segunda metade do domingo, embora menos intensas do que no Sul, Campanha e Centro do estado”.
As cidades com maior risco de serem impactadas pelo ciclone subtropical incluem aquelas situadas ao sul de Pelotas e Rio Grande, bem como na Campanha. Entre as localidades em alerta estão:
- Santa Vitória do Palmar
- Chuím
- Arroio Grande
- Jaguarão
- Herval
- Aceguá
- Bagé
- Pedras Altas
- Pinheiro Machado
- Candiota
- Hulha Negra
- Piratini
- Caçapava do Sul
Um ciclone subtropical é um centro de baixa pressão atmosférica que se forma isoladamente, sem estar associado a uma frente fria. Diferente do ciclone extratropical, que se desenvolve a partir das diferenças de temperatura entre massas de ar frio e quente, os ventos associados a este tipo de ciclone costumam ter velocidades entre 63 km/h e 118 km/h.
Conforme explica a Climatempo, “no Hemisfério Sul, o ar ao redor do centro de baixa pressão se movimenta no sentido horário. Próximo da superfície, o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor, o que deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para a ocorrência de tempestades severas”.
Além disso, mesmo que não ocorra a formação e nomeação efetiva de um ciclone subtropical, a acentuada queda da pressão do ar na costa do Rio Grande do Sul pode estimular a formação de nuvens carregadas, com potencial para chuvas fortes e ventos intensos. O mar deve ficar agitado na costa da região Sul durante o fim de semana.
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