Com ventos de até 100 km/h, fenômeno causou feridos e obrigou pouso de emergência em Porto Alegre.
16 de Dezembro de 2024 às 12h12

Ciclone subtropical Biguá provoca danos e deixa 230 mil sem energia no Rio Grande do Sul

Com ventos de até 100 km/h, fenômeno causou feridos e obrigou pouso de emergência em Porto Alegre.

No último domingo (15), o ciclone subtropical Biguá atingiu o Rio Grande do Sul, trazendo ventos intensos que chegaram a 100 km/h e chuvas torrenciais. O fenômeno causou feridos, deixou cerca de 230 mil pessoas sem energia elétrica e provocou danos significativos em várias cidades do estado.

De acordo com a Defesa Civil, as cidades mais afetadas incluem Triunfo, Encantado, Pelotas, Capão do Leão, Arroio Grande e Butiá. Os estragos foram variados, com registros de quedas de árvores, destelhamentos e alagamentos. Em Butiá, uma estrutura de quadra esportiva desabou, ferindo um homem e um adolescente, que precisaram ser hospitalizados.

A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE) informou que, até a noite de domingo, aproximadamente 230 mil clientes estavam sem energia, principalmente nas regiões Metropolitana, Serra e dos Vales. A concessionária destacou que suas equipes estavam mobilizadas para restabelecer o fornecimento, mas não havia previsão para a normalização total do serviço devido à gravidade dos danos.

Além dos problemas de energia, o ciclone também impactou a aviação. Um voo que partia de Guarulhos (SP) com destino a Porto Alegre precisou arremeter durante a aproximação ao Aeroporto Salgado Filho devido às condições adversas, realizando um pouso de emergência na Base Aérea de Canoas, próxima à capital gaúcha. A aeronave transportava 186 passageiros, que não sofreram ferimentos.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Meteorologistas alertam que as condições climáticas instáveis devem persistir nos próximos dias, com possibilidade de novas chuvas e ventos fortes. A Defesa Civil recomenda que a população evite áreas alagadas e mantenha distância de árvores e fiações elétricas caídas, além de acompanhar as atualizações sobre o clima.

Um ciclone subtropical é caracterizado como um centro de baixa pressão atmosférica que se forma isoladamente, sem estar associado a frentes frias. No Hemisfério Sul, o ar ao redor do centro de baixa pressão se movimenta no sentido horário, e a temperatura próxima à superfície é mais alta do que a atmosfera ao redor, o que pode gerar condições para tempestades severas.

As rajadas de vento associadas a esse tipo de ciclone podem variar entre 63 km/h e 118 km/h, e a formação do fenômeno pode intensificar-se, levando a condições climáticas ainda mais severas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registraram altos índices pluviométricos em várias localidades, com destaque para Jaguarão e Canguçu, que registraram mais de 50 mm de chuva em um curto período.

As autoridades locais continuam monitorando a situação e prestando assistência às áreas mais afetadas, enquanto a população é orientada a permanecer atenta às recomendações de segurança.

Veja também:

Tópicos: