Megaoperação em São Paulo visa desarticular quadrilha de roubos a carros-fortes
Força-tarefa cumpre 15 mandados de prisão e 48 de busca em 17 cidades do estado, após série de ataques violentos.
Uma grande operação policial foi deflagrada nesta segunda-feira (16) em São Paulo, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes. A ação é coordenada por uma força-tarefa que reúne a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.
Durante a operação, estão sendo cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão em 17 cidades do estado. A ação é uma continuidade da Operação Carcará, que visa desarticular células de uma organização criminosa que tem atuado de forma violenta na região.
A investigação teve início após uma série de crimes graves, incluindo um ataque a um carro-forte na Rodovia Cândido Portinari, ocorrido em 9 de setembro. Na ocasião, um grupo de criminosos, armado com fuzis e explosivos, interceptou o veículo, mas não conseguiu levar o dinheiro, que foi destruído durante a ação.
O nome da operação, “Carcará”, é uma homenagem ao sargento da Polícia Militar Mário Ribeiro, conhecido como “Carcará”, que foi morto em um confronto com a quadrilha no dia 11 de setembro. O sargento era integrante do 11º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) e sua morte gerou grande comoção entre os colegas e a sociedade.
Além das prisões e apreensões, a Justiça também decretou o bloqueio, sequestro e apreensão de bens, incluindo ativos financeiros, imóveis e veículos relacionados aos membros da organização criminosa. A operação conta com a participação de cerca de 200 policiais militares, 163 policiais civis, além de delegados e promotores do Ministério Público.
Na primeira fase da Operação Carcará, realizada em outubro, um suspeito foi morto em confronto com a polícia durante as diligências em Paraisópolis, na capital paulista. A ação resultou na apreensão de armamentos e drogas, além da prisão de outros envolvidos.
A quadrilha é considerada complexa e extensa, com diversas células atuando em diferentes regiões do estado. A força-tarefa busca identificar e prender todos os envolvidos, que possuem relação direta ou indireta com os crimes.
Os ataques a carros-fortes têm se tornado cada vez mais frequentes e violentos, colocando em risco a segurança pública e a integridade dos cidadãos. A resposta das autoridades é um reflexo da necessidade de combater a criminalidade organizada e garantir a segurança nas estradas e cidades.
As investigações continuam e novas informações devem ser divulgadas à medida que a operação avança. A população é incentivada a colaborar com informações que possam auxiliar na captura dos criminosos e na prevenção de novos ataques.
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