Garça resgatada com copo plástico no pescoço é devolvida à natureza após cirurgia

Uma garça Moura (Ardea cocoi) foi resgatada na última sexta-feira, 13, no Rio de Janeiro, após ser encontrada com um copo plástico preso ao redor do pescoço. A operação de resgate foi realizada pelas equipes da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em colaboração com outros órgãos ambientais. Após passar por um procedimento cirúrgico, a ave foi solta na natureza no domingo, 15.

O incidente destaca a importância da destinação correta de materiais plásticos, que podem causar danos irreparáveis à fauna local. O secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, enfatizou a necessidade de um esforço conjunto da sociedade para evitar que resíduos plásticos cheguem à natureza. “Precisamos da colaboração de todos para evitarmos que materiais plásticos continuem chegando à natureza. Existe um esforço grande do Estado em relação a isso, mas a responsabilidade é de todos”, afirmou Rossi.

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A garça foi avistada no início do mês com o copo plástico preso ao seu pescoço. O resgate ocorreu após mais de dez dias de monitoramento, durante os quais as equipes do Inea mobilizaram mais de 80 pessoas, além de embarcações e drones. “O resgate foi complexo, por tratar-se de uma ave silvestre – animal sensível e arisco, que permaneceu ativo durante todo o período”, explicou o secretário.

Durante os primeiros dias de monitoramento, as equipes técnicas observaram que a garça estava conseguindo se alimentar. Para facilitar o resgate, um comedouro foi instalado, atraindo a ave para a alimentação. “Foram usados drones para captação de imagens, o que permitiu que técnicos verificassem, em tempo real, as condições do animal e determinassem o melhor momento para a captura”, ressaltou Rossi.

Após o resgate, a garça foi encaminhada ao Centro de Recuperação de Animais Selvagens (Cras) da Estácio, localizado em Vargem Pequena. No centro, a ave foi submetida a um procedimento cirúrgico que, em poucos minutos, retirou o copo plástico que estava como um colar ao redor de sua garganta. O veterinário especialista em animais silvestres, Jeferson Pires, avaliou a situação da ave: “Se esse material não fosse retirado, é muito provável que ela morresse em pouco tempo”.

As operações de resgate e recuperação foram realizadas em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entre outros órgãos ambientais. Este caso serve como um alerta sobre os riscos do descarte inadequado de plásticos e a necessidade de uma maior conscientização ambiental.