Trump critica tarifas do Brasil e avisa: “Quem nos taxar, taxaremos de volta”
Em coletiva, o presidente eleito dos EUA defendeu aumento de tarifas e citou Brasil como exemplo de país que taxa demais.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações contundentes nesta segunda-feira, 16, sobre a política tarifária de seu futuro governo. Durante uma coletiva de imprensa realizada em seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump destacou que o Brasil é um dos países que impõem altas tarifas sobre produtos americanos. Ele afirmou: “Quem nos taxar, taxaremos de volta. Tarifas farão nosso país rico”.
Trump argumentou que suas propostas de aumento de tarifas são uma resposta a nações que taxam as exportações dos EUA. Ele citou especificamente o Brasil e a Índia como exemplos de países que, segundo ele, têm tarifas elevadas. O republicano enfatizou que a reciprocidade é uma parte fundamental de sua estratégia comercial.
Questionado sobre as possíveis consequências inflacionárias de suas medidas, Trump se defendeu, afirmando que, em seu primeiro mandato, o aumento de tarifas não resultou em inflação. “No meu primeiro mandato, elevamos uma série de tarifas e isso não aumentou a inflação”, disse o presidente eleito, que também reiterou seu apoio a cortes de impostos como parte de sua agenda econômica.
Sobre as relações com a China, Trump elogiou o presidente Xi Jinping, embora não tenha confirmado a presença do líder chinês em sua posse. Ele afirmou que ambos tinham uma boa relação durante seus mandatos, mas que a pandemia alterou essa dinâmica. “China e EUA podem resolver todos os problemas do mundo”, declarou, referindo-se à cooperação entre as duas potências.
Além disso, Trump anunciou um investimento significativo do Softbank, que deverá injetar US$ 100 bilhões na economia americana nos próximos quatro anos, com foco em inteligência artificial e outras indústrias emergentes. Ele também mencionou que investidores que aplicarem mais de US$ 1 bilhão terão facilidades com licenças federais, incluindo as ambientais.
Trump também abordou a questão da exploração de hidrocarbonetos nos EUA, afirmando que o país possui energia suficiente para não depender de importações, citando a Venezuela como exemplo de um fornecedor que não é necessário. “Temos energia suficiente para não precisarmos importar de outros lugares”, afirmou.
Por fim, o presidente eleito comentou sobre a guerra na Ucrânia, reconhecendo que é um problema complexo e mais difícil de resolver do que os conflitos no Oriente Médio. Ele se comprometeu a dialogar com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, respectivamente, para buscar uma solução pacífica para o conflito.
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