Alexander Smirnov declarou-se culpado por falsas alegações sobre Joe Biden e seu filho Hunter, além de evasão fiscal.
16 de Dezembro de 2024 às 19h40

Ex-informante do FBI admite ter mentido sobre esquema de suborno envolvendo Biden

Alexander Smirnov declarou-se culpado por falsas alegações sobre Joe Biden e seu filho Hunter, além de evasão fiscal.

Na última segunda-feira, Alexander Smirnov, um ex-informante do FBI, admitiu em tribunal que mentiu sobre um suposto esquema de suborno envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu filho, Hunter Biden. As declarações de Smirnov foram centrais em um inquérito de impeachment conduzido por parlamentares republicanos, que tentaram investigar a família Biden.

Smirnov, que possui dupla nacionalidade americana e israelense e nasceu na Rússia, declarou-se culpado de criar um registro falso em uma investigação federal, além de enfrentar três acusações de evasão fiscal. Ele não pagou impostos sobre receitas que totalizam 2,1 milhões de dólares entre 2020 e 2022. O ex-informante poderá cumprir uma pena de prisão que varia de quatro a seis anos, com a sentença marcada para 8 de janeiro de 2024.

De acordo com as alegações, Smirnov afirmou que a empresa ucraniana Burisma teria pago 5 milhões de dólares a Biden e Hunter em 2015. No entanto, documentos judiciais revelam que ele só teve negócios com a Burisma a partir de 2017. As acusações surgiram em 2020, quando Smirnov demonstrou viés contra Biden durante a campanha presidencial. Uma investigação do FBI, no entanto, descartou as alegações e recomendou o fechamento do caso.

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Além disso, Smirnov alegou que autoridades russas poderiam ter gravações de Hunter em um hotel em Kiev, mas não há evidências de que Hunter Biden tenha estado na Ucrânia. Ele também afirmou que oficiais da inteligência russa ajudaram a disseminar essas histórias sobre os Bidens.

As declarações de Smirnov foram utilizadas por congressistas republicanos como evidência de que a família Biden estava envolvida em atividades criminosas. Contudo, o processo de impeachment na Câmara dos Representantes não encontrou provas que corroborassem as alegações e acabou paralisado.

O procurador especial David Weiss, que está à frente do caso, também processou Hunter Biden por crimes fiscais e de posse de armas. Recentemente, Hunter recebeu um indulto do pai, Joe Biden, que alegou que o processo havia sido politizado e resultou em uma “injustiça”. Até o momento, não há evidências que indiquem que o presidente Biden tenha agido de maneira corrupta ou recebido subornos.

O caso de Smirnov levanta questões sobre a credibilidade de testemunhas em investigações políticas e a utilização de alegações infundadas para fins partidários. A situação continua a ser acompanhada de perto, à medida que os desdobramentos legais se aproximam da data da sentença.

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