Motorista indiciado por homicídio culposo após atropelar idoso em Curitiba
Um motorista foi indiciado por homicídio culposo após atropelar um idoso de 89 anos e fugir do local do acidente em Curitiba.
No dia 28 de setembro, um acidente trágico ocorreu no bairro Alto da XV, em Curitiba, onde um motorista atropelou um idoso de 89 anos, identificado como Edmundo Goralewski, e fugiu sem prestar socorro. O condutor foi indiciado por homicídio culposo, uma vez que sua omissão em ajudar a vítima pode resultar em uma pena mais severa.
De acordo com informações da Polícia Civil do Paraná (PCPR), o acidente aconteceu quando Edmundo desmaiou e caiu na rua, permanecendo caído por alguns minutos antes de ser atropelado. A situação foi registrada por câmeras de segurança, que mostram o momento em que o idoso se desequilibra e cai na via pública.
Após a queda, vários veículos passaram pelo local, desviando da vítima, mas nenhum motorista parou para ajudar. O atropelamento ocorreu aproximadamente um minuto e quarenta segundos após Edmundo ter caído, quando um carro preto passou por cima dele e seguiu em frente.
O delegado responsável pela investigação, Edgar Santana, destacou que a conduta do motorista foi negligente. “Entendemos que ele deixou de adotar as devidas cautelas e cuidados na direção do veículo, o que ocasionou o atropelamento da vítima”, afirmou o delegado.
Além do motorista, outras duas pessoas também foram indiciadas por omissão de socorro. Uma delas é um motorista que passou próximo ao corpo do idoso e não parou, e a outra é um porteiro que, mesmo testemunhando o acidente pelas câmeras de segurança do prédio em frente, não prestou assistência.
A situação se agravou ainda mais com a negativa de uma enfermeira em prestar socorro ao idoso. Após o atropelamento, uma mulher que presenciou o acidente correu até um hospital próximo em busca de ajuda, mas a enfermeira alegou estar sem os equipamentos necessários e decidiu não atender a vítima, o que gerou indignação.
A certidão de óbito de Edmundo Goralewski indicou que a causa da morte foram “lesões cranioencefálicas, ação contundente e atropelamento”. O inquérito policial, que concluiu que o atropelamento foi a causa da morte, foi enviado ao Ministério Público, que terá dez dias para decidir sobre a denúncia.
Durante a investigação, o filho da vítima, Percy Goralewski, expressou sua dor e indignação. “Todo mundo passou por ele como se ele não fosse absolutamente nada. Essa pessoa tirou nosso bem mais precioso, que é o meu pai”, desabafou, pedindo que o motorista se apresentasse à polícia.
O motorista, que foi identificado e interrogado três dias após o acidente, alegou não ter percebido que havia atropelado alguém. Ele afirmou que só soube do ocorrido após ser intimado a comparecer na delegacia.
O caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos motoristas e a necessidade de prestar socorro em situações de emergência, além de refletir sobre a indiferença de alguns indivíduos diante do sofrimento alheio.
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