Custo da ceia de Natal aumenta 41,5% em quatro anos, impactando famílias brasileiras
Pesquisa revela que frutas e carnes são os principais responsáveis pela alta dos preços, que afeta o planejamento das festas de fim de ano.
Com a chegada das festividades de fim de ano, os brasileiros enfrentam um cenário desafiador em relação aos custos da tradicional ceia de Natal. Segundo uma pesquisa da Rico, o preço da ceia aumentou 41,5% nos últimos quatro anos, refletindo a pressão inflacionária sobre o orçamento das famílias.
Os dados mostram que as frutas foram os itens que mais impactaram o bolso dos consumidores, com um aumento expressivo de 94,25% no período. Esse fenômeno é atribuído, em grande parte, às condições climáticas adversas que afetaram a produção agrícola, além do aumento nos preços dos insumos e dos custos de logística.
Entre os produtos que compõem a ceia, as carnes também apresentaram elevações significativas. O lombo de porco desossado, por exemplo, teve um aumento de 25,98%, enquanto o pernil registrou a maior alta, com 28,62%. Outras carnes, como o filé mignon e a picanha, também não ficaram atrás, com aumentos de 24,25% e 20,75%, respectivamente.
Além das carnes e frutas, outros itens típicos da ceia natalina, como o azeite de oliva extra virgem, também sofreram reajustes consideráveis, com uma inflação acumulada de 21,47%. O aumento nos preços desses produtos tem gerado preocupação entre os consumidores, que buscam alternativas para não comprometer o orçamento durante as festividades.
Por outro lado, alguns produtos apresentaram reajustes mais moderados, oferecendo um alívio aos consumidores. O panetone e o peru, por exemplo, não sofreram grandes variações de preço, enquanto a farofa foi o único item que registrou uma redução, com uma queda de 6,50% no valor.
Especialistas apontam que os aumentos nos preços estão relacionados a fatores climáticos, como a seca e as ondas de calor que afetaram a produção agrícola, além da desvalorização cambial de quase 25% ao longo do ano. Diante desse cenário, os consumidores são incentivados a planejar suas compras de forma estratégica, priorizando itens que tiveram menor impacto financeiro.
A expectativa é que, mesmo com os aumentos, as famílias consigam celebrar o Natal de forma especial, adaptando-se às novas condições econômicas. A pesquisa da Rico também destaca que, além da ceia, a cesta de Natal, que inclui presentes e outros produtos, também ficou mais cara, com um aumento de 46,55% entre 2020 e 2024.
Os preços de roupas, flores e perfumes, que costumam ser presentes frequentes, também apresentaram altas significativas, com aumentos de 33,5%, 58,31% e 37,11%, respectivamente. Isso demonstra que a pressão inflacionária não se limita apenas aos alimentos, mas se estende a diversos setores do comércio.
Com a elevação dos custos, as famílias que costumavam gastar em média R$ 1.000 em 2020 para as festividades, agora enfrentam um custo médio de R$ 1.465,50 em 2024. Essa realidade exige uma adaptação no planejamento e nas escolhas dos consumidores, que buscam alternativas para manter a tradição sem comprometer o orçamento.
Assim, o Natal deste ano promete ser um desafio para muitos, mas também uma oportunidade de reflexão sobre o consumo e a valorização dos momentos em família, independentemente das dificuldades financeiras.
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