Dois militares foram resgatados com vida após o incidente; um deles sofreu ferimentos leves durante a operação.
22 de Dezembro de 2024 às 08h52

Pilotos da Marinha dos EUA ejetam após caçador ser atingido por fogo amigo no Mar Vermelho

Dois militares foram resgatados com vida após o incidente; um deles sofreu ferimentos leves durante a operação.

Na madrugada deste domingo, dois pilotos da Marinha dos Estados Unidos ejetaram de um caça F/A-18 após a aeronave ser atingida por um mísseis disparado acidentalmente por um cruzador de mísseis da própria marinha, no Mar Vermelho. O incidente, classificado como 'fogo amigo', ocorreu enquanto as forças americanas realizavam operações aéreas contra os rebeldes Houthis, do Iémen.

Os pilotos foram resgatados com vida e estão em segurança, conforme informações divulgadas pelo Comando Central das Forças Armadas dos EUA. Um dos pilotos sofreu ferimentos leves, mas ambos conseguiram escapar da aeronave antes de sua queda. Este é considerado o incidente mais grave que ameaçou as tropas americanas em mais de um ano de operações na região.

O caça F/A-18 havia decolado do porta-aviões USS Harry S. Truman quando foi atingido. O Comando Central confirmou que o cruzador de mísseis USS Gettysburg, parte do grupo de ataque do porta-aviões, disparou por engano, resultando no abate do caça. O comando não detalhou a missão em que as forças estavam envolvidas no momento do incidente.

O Mar Vermelho tem se tornado uma área de crescente tensão, com os Houthis intensificando seus ataques a navios mercantes e militares. Desde o início da guerra entre Israel e Hamas em outubro de 2023, os rebeldes já atacaram cerca de 100 embarcações, utilizando mísseis e drones. As operações dos EUA na região têm sido uma resposta a essas ameaças, mas o recente incidente evidencia os riscos envolvidos nas operações militares na área.

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As forças armadas dos EUA intensificaram seus ataques aéreos contra os Houthis desde a chegada do USS Harry S. Truman ao Oriente Médio em 15 de dezembro. Na noite de sábado para domingo, os aviões de guerra americanos realizaram bombardeios em Sanaa, a capital do Iémen, visando instalações de armazenamento de mísseis e centros de comando dos rebeldes. Contudo, a situação permanece volátil, com os Houthis continuando a almejar navios que consideram ligados a Israel e aos EUA.

O Comando Central das Forças Armadas dos EUA não forneceu detalhes sobre como o USS Gettysburg confundiu o caça com uma ameaça inimiga, especialmente considerando que os navios de um grupo de batalha estão interligados por sistemas de radar e comunicação. A falta de clareza sobre a situação levanta questões sobre a segurança das operações na região, onde a presença militar é cada vez mais desafiada pelos ataques dos Houthis.

Os Houthis, que têm apoio do Irã, alegam que seus ataques visam forçar o fim das operações militares de Israel contra o Hamas em Gaza. Entretanto, muitos dos navios atacados não têm ligação direta com o conflito, incluindo embarcações com destino ao Irã. A escalada de hostilidades no Mar Vermelho e a complexidade da situação exigem atenção contínua das forças militares envolvidas.

O incidente com o caça F/A-18 serve como um lembrete da precariedade da segurança na região e da necessidade de uma coordenação eficaz entre as forças armadas para evitar tragédias semelhantes no futuro. As operações militares no Mar Vermelho continuarão a ser monitoradas de perto, à medida que a situação evolui.

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