Mergulhadores da Marinha intensificam buscas por desaparecidos após queda de ponte
Equipe de mergulho da Marinha se junta às operações de resgate no Tocantins; 16 pessoas estão desaparecidas desde o acidente.
A Marinha do Brasil mobilizou uma equipe de mergulhadores para auxiliar nas buscas por vítimas após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta as cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão. O acidente ocorreu no último domingo, 22, e até o momento, 16 pessoas permanecem desaparecidas, incluindo crianças.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que os mergulhadores estarão disponíveis para atuar na região a partir desta terça-feira, 24. Em suas palavras, “seguiremos vigilantes e acompanhando todas as ações necessárias” para garantir a segurança e eficácia das operações de resgate.
A atuação dos mergulhadores da Marinha foi solicitada após a suspensão das buscas por equipes de segurança locais, devido a preocupações com a contaminação da água. Há indícios de que substâncias tóxicas, provenientes de caminhões que estavam sobre a ponte no momento do colapso, possam ter sido derramadas no rio Tocantins.
Além dos mergulhadores, a Marinha enviará uma equipe de 20 militares especializados em defesa nuclear, química, biológica e radiológica, que terão a missão de monitorar e avaliar os possíveis riscos ambientais decorrentes do acidente. A tecnologia avançada que será utilizada permitirá uma varredura detalhada do leito do rio, essencial para a identificação e recuperação de veículos que caíram na água.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já iniciou uma investigação para apurar as causas do desabamento da ponte. Moradores e políticos locais relataram que haviam alertado sobre as condições precárias da estrutura antes do acidente, levantando questões sobre a responsabilidade das autoridades em relação à manutenção da ponte.
O acidente resultou em duas mortes confirmadas e um cenário de desespero para as famílias das vítimas. A ponte, que era um importante ponto de ligação entre os dois estados, tinha um tráfego intenso, o que agrava ainda mais a situação. As autoridades locais enfrentam críticas pela demora em responder aos alertas recebidos sobre a condição da ponte.
O ministro Renan Filho também anunciou que a reconstrução da ponte está prevista para ser concluída até 2025, com investimentos que variam entre R$ 100 e R$ 150 milhões. “É um compromisso de entregar essa ponte reconstruída no ano de 2025”, afirmou o ministro, destacando a importância da estrutura para a logística nacional.
As operações de busca e resgate continuarão nos próximos dias, com a esperança de localizar os desaparecidos e esclarecer as circunstâncias que levaram a essa tragédia. A Marinha, com sua equipe de mergulhadores e especialistas, está empenhada em garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas para a segurança da população e a recuperação das vítimas.
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