A operação de resgate envolve mergulhadores, aeronaves e embarcações em busca de desaparecidos na tragédia da ponte Juscelino Kubitschek.
25 de Dezembro de 2024 às 17h35

Marinha do Brasil mobiliza 44 militares para buscas após queda de ponte no Tocantins

A operação de resgate envolve mergulhadores, aeronaves e embarcações em busca de desaparecidos na tragédia da ponte Juscelino Kubitschek.

A Marinha do Brasil mobilizou um efetivo de 44 militares para as operações de busca e resgate dos desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e Maranhão. A equipe é composta por mergulhadores, tripulantes de aeronaves e especialistas responsáveis pela análise das águas dos rios, além de agentes de capitanias e agências dos dois estados envolvidos. Em Belém, outros 20 profissionais estão dedicados ao planejamento e à logística da operação.

Conforme comunicado oficial da Marinha, as operações de mergulho estão programadas para ocorrer na tarde desta quarta-feira, 25, em áreas onde a profundidade das águas chega a 40 metros. A missão conta com a participação de uma aeronave UH15 Super Cougar, três embarcações, duas motos aquáticas e seis viaturas de apoio.

“A Marinha se solidariza com os familiares e amigos das vítimas e disponibiliza os telefones do Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185) e da Capitania dos Portos do Maranhão, 0800-098-8432 e (98) 2107-0121, para receber informações sobre qualquer situação que possa comprometer a segurança nas vias navegáveis ou que represente risco de poluição ambiental”, informou a entidade em nota.

Além disso, a Polícia Federal anunciou que utilizará drones subaquáticos na operação para localizar as vítimas do acidente. A ação será coordenada pelo Núcleo de Polícia Marítima da PF, que realizará uma varredura no Rio Tocantins.

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No dia 24 de dezembro, a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as causas do desabamento da ponte, que ocorreu no último domingo. O acidente resultou na morte de quatro pessoas, enquanto 13 continuam desaparecidas, sendo 11 adultos e duas crianças. A investigação será conduzida pelas Superintendências da Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins, que têm jurisdição sobre a área do acidente.

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira possuía um contrato de manutenção vigente até julho de 2026, segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). No entanto, o órgão não conseguiu contratar uma empresa para realizar as obras necessárias na estrutura.

O acidente também provocou a queda de três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico altamente corrosivo, no Rio Tocantins. Em resposta à situação, o governo do Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios localizados abaixo do desabamento, até que se confirme a diluição da pluma de contaminantes e a segurança do consumo da água.

O DNIT está programando as obras de restauração da ponte, com previsão de conclusão em 2025, e um custo estimado entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, que serão investidos pelo Governo Federal.

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