Número de mortos em desabamento de ponte entre Tocantins e Maranhão sobe para 10
Marinha confirma a recuperação do décimo corpo; sete pessoas continuam desaparecidas após tragédia.
A tragédia do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta as cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, resultou na confirmação de mais uma morte, elevando o total de vítimas fatais para 10. O corpo foi encontrado na superfície do rio Tocantins, próximo ao local do acidente, por volta das 19h desta sexta-feira (27).
As operações de busca, coordenadas pela Marinha do Brasil, continuam em meio a dificuldades. Sete pessoas ainda estão desaparecidas, e as equipes de resgate enfrentam desafios devido à profundidade da água e à presença de escombros submersos. A Marinha informou que 29 mergulhadores estão envolvidos nas buscas, incluindo três da corporação e os demais bombeiros dos estados do Tocantins, Maranhão e Pará.
Na quarta-feira (25), as equipes recuperaram os corpos de um homem de 43 anos e de uma mulher de 53 anos. Na manhã de quinta-feira, mais dois corpos foram identificados, mas não puderam ser retirados devido à posição em que estavam. Entre as vítimas já confirmadas estão uma mulher de 25 anos, outra de 45, uma criança de 11 anos e um homem de 42 anos.
O desabamento da ponte ocorreu no último domingo (22), quando 10 veículos estavam atravessando a estrutura. O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a liberação de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões para a reconstrução da ponte, com previsão de conclusão das obras em 2025.
As buscas foram parcialmente suspensas nesta sexta-feira devido ao risco de novos desabamentos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que as operações serão retomadas assim que equipamentos de precisão forem disponibilizados para avaliar a estabilidade da estrutura remanescente.
Além do trabalho de resgate, a Marinha também localizou um caminhão carregado de ácido sulfúrico e uma moto submersos no rio. As autoridades garantem que os tanques dos caminhões que caíram estão intactos, minimizando o risco de contaminação ambiental.
O acidente trouxe à tona preocupações sobre a segurança da ponte, que foi construída na década de 1960 e já apresentava sinais de deterioração. A estrutura, com 533 metros de extensão, é parte do corredor rodoviário Belém-Brasília e sua interdição afeta significativamente o tráfego na região.
O Corpo de Bombeiros e as equipes de resgate continuam a trabalhar incansavelmente na busca pelas vítimas desaparecidas, enquanto a população local aguarda por notícias sobre os entes queridos que ainda não foram encontrados.
As autoridades locais pedem que a população evite se aproximar da área do acidente, devido aos riscos associados à instabilidade da estrutura da ponte e à presença de materiais perigosos nas águas do rio.
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