Número de mortos no desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins sobe para 13
A tragédia ocorreu na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, onde quatro pessoas ainda estão desaparecidas.
O número de mortos no desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, subiu para 13, conforme informações divulgadas pela Marinha do Brasil. A tragédia, que ocorreu no dia 22 de dezembro, ainda deixa quatro pessoas desaparecidas.
Na manhã desta sexta-feira (3), um novo corpo foi encontrado nos destroços da ponte, localizado com o auxílio de drones subaquáticos. O resgate foi realizado por mergulhadores que atuam na força-tarefa de busca e salvamento na região do acidente.
A ponte, que conecta as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou durante a tarde do dia 22 de dezembro, quando oito veículos estavam na estrutura. A construção, inaugurada na década de 1960, possui 533 metros de extensão e é parte do corredor rodoviário Belém-Brasília.
As condições da ponte eram conhecidas como precárias, e um vereador estava gravando a situação no momento em que a estrutura cedeu. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) assumiu a responsabilidade pelo acidente, que gerou grande comoção na região.
Desde o desabamento, mergulhadores têm realizado buscas intensivas nas áreas adjacentes aos destroços. De um total de 17 pessoas que estavam desaparecidas, 13 já foram localizadas, mas as operações de resgate continuam sem previsão de término, devido à profundidade do Rio Tocantins, que chega a 48 metros no local do acidente.
Além disso, a travessia entre os estados por balsas, que foi anunciada como uma solução emergencial, ainda não começou a operar. A Marinha informou que a falta de documentação que comprove a segurança da operação impede o início dos serviços.
O governo do Tocantins ainda não enviou os documentos necessários para garantir a segurança da travessia, que deveria ter começado na última terça-feira (31). A Marinha ressaltou a importância de seguir rigorosamente as normas de segurança para evitar novas tragédias.
O prefeito de Estreito, Leo Cunha, está buscando apoio do governo federal para mitigar os impactos econômicos da queda da ponte, que afetou diversos setores locais, como comércio e serviços. Ele se reuniu com representantes do DNIT e outros órgãos governamentais para discutir a situação.
O DNIT anunciou que irá contratar uma empresa para operar as balsas de transporte de veículos e pessoas no rio Tocantins, com a previsão de que o serviço seja gratuito para a população. A operação se iniciará após a assinatura do contrato e a conclusão das obras de acesso e atracadouro.
Em relação à reconstrução da ponte, o Ministério dos Transportes oficializou a contratação de um consórcio de empresas que será responsável pelas obras, com um investimento estimado em R$ 171,9 milhões. As obras devem ser concluídas até dezembro de 2025.
O consórcio, formado pelas empresas A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitada, terá a tarefa de elaborar o projeto e executar a obra emergencial da ponte sobre o Rio Tocantins, que é um importante eixo rodoviário na região.
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