O corpo foi localizado nas proximidades dos destroços da ponte, elevando para 14 o total de mortes confirmadas.
04 de Janeiro de 2025 às 14h42

Força-tarefa encontra 14º corpo após desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins

O corpo foi localizado nas proximidades dos destroços da ponte, elevando para 14 o total de mortes confirmadas.

A Força-Tarefa de busca e resgate, mobilizada para localizar as vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados do Maranhão e Tocantins, confirmou o resgate do 14º corpo na manhã deste sábado (4). O acidente, que ocorreu no dia 22 de dezembro, resultou em um total de 17 desaparecidos.

De acordo com informações da Marinha do Brasil, o corpo foi encontrado por volta das 10h25, nas proximidades dos destroços da ponte. A identidade da vítima ainda não foi divulgada. Com essa nova confirmação, o número de óbitos registrados sobe para 14, enquanto três pessoas permanecem desaparecidas.

O desabamento da ponte, que ligava as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), foi causado pelo colapso do vão central da estrutura, conforme apuração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A causa do colapso ainda está sob investigação.

O acidente envolveu pelo menos dez veículos, incluindo caminhões e automóveis, que caíram no rio Tocantins. Entre os veículos, estavam três caminhões que transportavam substâncias perigosas, como 76 toneladas de ácido sulfúrico e 25 mil litros de agrotóxicos, mas, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), não houve vazamento significativo que comprometesse a qualidade da água do rio.

As operações de busca e resgate têm sido intensificadas, com a participação de diversas equipes, incluindo a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública. A identificação das vítimas está sendo realizada por peritos oficiais e agentes especializados.

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O consórcio responsável pela reconstrução da ponte foi contratado pelo Dnit, com um investimento estimado em R$ 171,9 milhões. As obras devem ser concluídas até dezembro de 2025, um ano após o desabamento.

O acidente gerou uma situação de emergência na cidade de Estreito, que já havia solicitado apoio técnico e financeiro dos governos federal e estadual para lidar com as consequências da tragédia. O prefeito Léo Cunha (PL) destacou a necessidade de recursos para atender as demandas urgentes da população afetada.

A ponte Juscelino Kubitschek, inaugurada na década de 1960, era uma importante ligação entre os dois estados, e sua queda trouxe à tona preocupações sobre a segurança das infraestruturas rodoviárias no Brasil. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar as responsabilidades pelo colapso da estrutura.

As autoridades continuam a monitorar a situação ambiental na região, especialmente em relação aos produtos químicos que caíram no rio. A qualidade da água tem sido analisada regularmente, e até o momento, não foram detectadas alterações significativas.

As buscas pelas vítimas desaparecidas seguem em andamento, com a esperança de que mais informações possam ser obtidas para trazer alívio às famílias afetadas pela tragédia.

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