Após 16 dias de operações, três pessoas ainda permanecem desaparecidas no Rio Tocantins.
07 de Janeiro de 2025 às 17h14

Marinha suspende buscas por desaparecidos após desabamento de ponte no Tocantins

Após 16 dias de operações, três pessoas ainda permanecem desaparecidas no Rio Tocantins.

A Marinha do Brasil anunciou a suspensão das operações de busca por desaparecidos no desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024. A decisão foi comunicada após dezesseis dias de intensas buscas, nas quais 14 das 17 vítimas foram localizadas. Até a última terça-feira (7), três pessoas ainda estavam desaparecidas.

As equipes de resgate inicialmente concentraram seus esforços nas áreas onde havia maior probabilidade de encontrar as vítimas, especialmente nas proximidades dos veículos e escombros submersos no fundo do Rio Tocantins. Com a reorganização das equipes, uma nova fase de buscas foi iniciada em 5 de janeiro, abrangendo também áreas adjacentes ao local do desabamento. Segundo a Marinha, essa fase resultou na localização de 14 vítimas fatais e no resgate de um sobrevivente.

A suspensão das buscas está programada para ocorrer nesta quarta-feira (8), em virtude da abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, que visa dar vazão ao volume de água acumulado devido às chuvas na região. Antes da suspensão, a Marinha realizará uma última varredura nas áreas já exploradas, com o apoio do Consórcio Estreito Energia (Ceste), que possibilitou uma nova janela de mergulho para garantir que não restem lacunas nas buscas.

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Após o encerramento das operações de mergulho, os militares continuarão na região para fiscalizar a operação de balsas e outras embarcações. A Marinha informou que, caso as buscas não apresentem novos indícios até o final do dia 7, a operação atingirá seu limite técnico-operacional.

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que interligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. As operações de busca e resgate começaram imediatamente após o acidente, com a mobilização de uma equipe de 64 mergulhadores especializados, composta por militares da Marinha do Brasil e bombeiros de diversos estados, incluindo Maranhão, Tocantins, Pará, São Paulo e Distrito Federal.

Além dos mergulhadores, as operações contaram com o uso de drones subaquáticos e aéreos, bem como equipamentos especializados, como câmaras hiperbáricas, para garantir a segurança dos profissionais envolvidos nas buscas. A mobilização de recursos e a dedicação das equipes foram fundamentais para o progresso nas operações, mesmo diante das dificuldades impostas pela situação.

A Marinha do Brasil reafirmou seu compromisso em retomar as buscas caso novas informações sobre a localização das vítimas sejam recebidas. A situação continua sendo monitorada, e a esperança de encontrar os desaparecidos permanece entre os familiares e a comunidade local.

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