Nos dias 28 e 29 de outubro, a Operação Verão contabilizou 2.008 ocorrências com águas-vivas no litoral paranaense.
30 de Dezembro de 2024 às 13h50

Paraná registra mais de 2 mil incidentes com águas-vivas em apenas dois dias

Nos dias 28 e 29 de outubro, a Operação Verão contabilizou 2.008 ocorrências com águas-vivas no litoral paranaense.

A Operação Verão, que atua no litoral do Paraná, divulgou nesta segunda-feira (30) que, durante o último final de semana, foram registrados 2.008 incidentes relacionados a queimaduras por águas-vivas. Este número alarmante reflete um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a média de atendimentos era consideravelmente menor.

Além dos casos envolvendo águas-vivas, 272 pessoas também buscaram atendimento devido a incidentes com outros animais marinhos, como as caravelas, que são conhecidas por causar envenenamentos. O Corpo de Bombeiros destacou que a maioria dos atendimentos ocorreu no domingo (29), com 1.464 pessoas afetadas por queimaduras de águas-vivas e 264 incidentes relacionados a outros animais aquáticos.

As autoridades de saúde recomendam que os banhistas evitem tocar em águas-vivas, mesmo que pareçam estar mortas na areia. A orientação é clara: não esfregar o local da lesão e evitar o uso de água doce, pois isso pode estimular os nematocistos remanescentes na pele a injetar mais toxinas, agravando a situação.

Comparando com a Operação Verão de 2023, o Paraná levou um mês inteiro para atingir o número de 2 mil incidentes com águas-vivas. Em 2022, o total de atendimentos durante toda a temporada de verão foi de aproximadamente 20 mil, o que demonstra uma tendência preocupante para a atual temporada.

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As ocorrências de queimaduras por águas-vivas são mais comuns nesta época do ano devido a uma combinação de fatores. O aumento do fluxo de pessoas nas praias, aliado às condições das correntes marítimas e à temperatura da água, favorece o ciclo de vida desses animais, resultando em um maior número de incidentes.

As águas-vivas são criaturas gelatinosas que podem medir cerca de 13 centímetros, com tentáculos que provocam queimaduras leves. Em caso de contato, recomenda-se a aplicação de vinagre na área afetada, pois o produto ajuda a bloquear a ação da toxina e alivia a dor. Após o uso do vinagre, é possível utilizar água do mar para enxaguar o local.

Por outro lado, a caravela, que se destaca pela sua coloração roxa e azul, pode chegar a medir até dois metros de comprimento, incluindo seus tentáculos. O contato com a caravela pode resultar em envenenamento severo, afetando todo o organismo, e, nesse caso, é imprescindível buscar atendimento médico imediatamente.

As autoridades continuam a alertar a população sobre os riscos associados ao contato com esses animais marinhos e reforçam a importância de seguir as orientações de segurança para evitar acidentes durante a temporada de verão.

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