O preço médio do etanol também subiu, alcançando R$ 4,27 por litro, com um aumento de 18,61% no ano.
02 de Janeiro de 2025 às 20h48

Gasolina encerra 2024 com alta de 9,39%, atingindo R$ 6,29 por litro, diz IPTL

O preço médio do etanol também subiu, alcançando R$ 4,27 por litro, com um aumento de 18,61% no ano.

A gasolina fechou o ano de 2024 com um preço médio de R$ 6,29 por litro, representando um aumento de 9,39% em relação ao ano anterior. Os dados são do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que analisa o comportamento dos preços em 21 mil postos de abastecimento em todo o Brasil.

O etanol, por sua vez, também apresentou uma alta significativa, encerrando o ano a R$ 4,27 por litro, com um aumento acumulado de 18,61% durante 2024.

Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil, comentou sobre os fatores que contribuíram para essa elevação nos preços. Ele afirmou: “Além dos reajustes ao longo do ano, a alta nos combustíveis também foi provocada pela valorização do dólar em comparação ao real, especialmente nas últimas semanas de 2024.”

Pina também destacou que “fatores de infraestrutura afetam o preço final encontrado pelo consumidor nas bombas dos postos de abastecimento. É importante ressaltar que, apesar do etanol ter apresentado uma variação significativa ao longo do ano, o biocombustível ainda é mais viável financeiramente em boa parte do Brasil.”

Efeito Petrobras

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Em relação à gasolina, a Petrobras, principal produtora do combustível no país, realizou apenas um reajuste no preço praticado em suas refinarias ao longo de 2024. Esse ajuste foi de 7,12%, ou R$ 0,15 por litro, e ocorreu em 8 de julho. A maior parte do aumento acumulado no ano está relacionada a movimentos do varejo e, principalmente, ao encarecimento do etanol anidro, que compõe 27,5% da mistura final da gasolina que chega aos postos.

Diesel

O IPTL também apontou que o diesel teve um aumento acumulado de 3,85% para o tipo comum e 2,79% para o diesel S-10. No fechamento do ano, os preços médios do diesel comum e do S-10 foram de R$ 6,20 e R$ 6,27, respectivamente. O aumento menor do diesel em comparação à gasolina e ao etanol se deve a um ano sem reajustes para esse combustível nas refinarias da Petrobras.

O crescimento dos preços médios nacionais é atribuído, em grande parte, ao aumento nos preços praticados em refinarias privadas, como a Acelen, que responde por 14% da produção nacional de derivados. Além disso, o Brasil importa entre 20% e 30% do diesel que consome, enquanto essa porcentagem cai para cerca de 5% no caso da gasolina.

Esses dados refletem um cenário de aumento contínuo nos preços dos combustíveis, que impacta diretamente o consumidor final e a economia do país. O aumento nos custos de transporte e a pressão sobre a inflação são algumas das consequências desse cenário, que continua a ser monitorado por especialistas e autoridades.

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