O detento, de 62 anos, foi considerado foragido após fuga na madrugada de sexta-feira, 3, no Distrito Federal.
04 de Janeiro de 2025 às 10h20

Argemiro Antônio da Silva, condenado a 135 anos, foge da penitenciária da Papuda

O detento, de 62 anos, foi considerado foragido após fuga na madrugada de sexta-feira, 3, no Distrito Federal.

Na madrugada da última sexta-feira, 3, Argemiro Antônio da Silva, um homem de 62 anos condenado a 135 anos de prisão, conseguiu fugir do Complexo Penitenciário da Papuda, localizado no Distrito Federal. A fuga foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape), que informou que o detento estava cumprindo pena por crimes graves, incluindo roubo, extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

A ausência de Silva foi detectada por volta das 7h, durante uma conferência de rotina realizada por policiais penais no bloco destinado a idosos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR). A Seape não divulgou detalhes sobre como o detento conseguiu deixar a unidade prisional.

Imediatamente após a constatação da fuga, a equipe de plantão iniciou buscas nas imediações do presídio e registrou a ocorrência, solicitando a perícia da Polícia Civil para investigar o caso. Equipes da Polícia Penal foram mobilizadas para realizar diligências no Distrito Federal, mas até o momento não há informações sobre o paradeiro do fugitivo.

Nas redes sociais, a Seape reforçou a importância da colaboração da população e solicitou que qualquer informação sobre o paradeiro de foragidos do sistema penitenciário local seja repassada à Polícia Penal pelo telefone (61) 99666-6000, à Polícia Militar pelo número 190 ou à Polícia Civil pelo 197. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

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Argemiro Antônio da Silva já havia cumprido mais de 21 anos de sua pena e, em 2022, teve um pedido de revisão criminal negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O desembargador responsável pelo caso não encontrou justificativas suficientes para alterar a sentença, que é uma das mais longas do sistema penitenciário brasileiro.

A fuga de Silva levanta questões sobre a segurança do sistema prisional, especialmente em unidades que abrigam detentos com penas severas. A Seape deverá realizar uma investigação interna para apurar as circunstâncias que possibilitaram a fuga e garantir que medidas adequadas sejam implementadas para evitar novos incidentes.

Além disso, a situação destaca a necessidade de um debate mais amplo sobre as condições das penitenciárias brasileiras e a eficácia das políticas de segurança pública. A fuga de um detento com uma pena tão extensa é um alerta sobre as fragilidades do sistema e a importância de um acompanhamento mais rigoroso dos internos.

O caso de Argemiro Antônio da Silva não é isolado, e a fuga de detentos tem sido uma preocupação constante para as autoridades. A Seape e a Polícia Penal estão sob pressão para garantir a segurança da população e a integridade do sistema prisional, que enfrenta desafios significativos em termos de superlotação e falta de recursos.

As autoridades continuam a trabalhar para recapturar o foragido e pedem a colaboração da sociedade para que informações relevantes possam ser compartilhadas. A situação de Argemiro Antônio da Silva é um lembrete da complexidade e dos desafios enfrentados pelo sistema penitenciário no Brasil.

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