Linda de Sousa Abreu, de 31 anos, foi sentenciada a 15 meses de prisão após ser flagrada com um prisioneiro em HMP Wandsworth.
08 de Janeiro de 2025 às 16h29

Ex-agente penitenciária é condenada por relação sexual com detento em presídio

Linda de Sousa Abreu, de 31 anos, foi sentenciada a 15 meses de prisão após ser flagrada com um prisioneiro em HMP Wandsworth.

A ex-agente penitenciária brasileira Linda de Sousa Abreu, de 31 anos, foi condenada a 15 meses de prisão na última segunda-feira (6) por manter um relacionamento sexual com um detento na prisão HMP Wandsworth, em Londres. O caso ganhou notoriedade após a divulgação de um vídeo que mostrava a relação entre Abreu e o prisioneiro Linton Weirich, que vazou nas redes sociais em junho de 2024.

Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, Linda afirmou estar apaixonada por Weirich e que ele a fazia sentir-se “como uma gangster”. O psiquiatra forense Dr. Ian Kooyman, que avaliou a ex-agente, elaborou um relatório que foi apresentado durante a sentença, onde destacou que Abreu via Weirich como seu “protetor” e que frequentemente o recompensava com “favores sexuais”.

O juiz responsável pelo caso ressaltou que a conduta de Linda não apenas comprometeu sua carreira, mas também teve repercussões negativas para o sistema prisional. Ele afirmou que as oficiais femininas da HMP Wandsworth enfrentaram abusos e assédios por parte dos prisioneiros, e que os danos causados por Abreu se espalhariam pelo sistema prisional.

Durante a audiência, o Dr. Kooyman diagnosticou Linda com transtorno de personalidade borderline severo e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), o que a tornaria “altamente impulsiva” e propensa a agir sem considerar as consequências de seus atos.

Linda de Sousa Abreu foi presa no aeroporto de Heathrow, enquanto tentava embarcar para Madri, na Espanha. Antes de sua prisão, ela havia telefonado para a HMP Wandsworth, informando que não retornaria ao trabalho e que seu marido devolveria seu material de trabalho.

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A defesa de Linda argumentou que ela é uma “jovem mãe” e “uma pessoa de bom caráter”, conforme declarado pela advogada Gayathri Yogarajah. No entanto, a gravidade do ato e o risco à sociedade foram fatores determinantes na decisão do juiz, que considerou a exposição das chaves da cela e a gravação do ato sexual como elementos suficientes para a condenação.

O vídeo, que capturou momentos íntimos entre Abreu e Weirich, foi filmado por outro detento utilizando um celular ilegal dentro da prisão, e rapidamente se espalhou entre os prisioneiros antes de viralizar nas redes sociais.

Linda de Sousa Abreu é conhecida também por seu trabalho como modelo e por seu perfil na plataforma OnlyFans, onde se apresentava sob os nomes de “La Madre” e “Linda da sala de jogos”. Ela é casada com o lutador de MMA Nathan Richardson e já participou de um documentário sobre relacionamentos não convencionais.

A irmã de Linda, Andreia, revelou que ela adota um estilo de vida swing e que já participou de um programa de televisão chamado Open House, embora não tenha assistido ao programa. Essa revelação adiciona uma camada de complexidade à imagem pública de Linda, que agora é marcada por sua condenação e pelo escândalo que a envolveu.

A condenação de Linda de Sousa Abreu serve como um alerta sobre os riscos associados à violação das normas de conduta no sistema prisional, destacando a necessidade de medidas rigorosas para prevenir abusos e garantir a integridade das instituições.

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