Relatório aponta que invasões afetaram empresas como Charter e Verizon, aumentando preocupações sobre segurança.
05 de Janeiro de 2025 às 16h20

Hackers chineses comprometem mais empresas de telecomunicações nos EUA, revela WSJ

Relatório aponta que invasões afetaram empresas como Charter e Verizon, aumentando preocupações sobre segurança.

Um novo relatório do Wall Street Journal revelou que hackers chineses comprometeram um número maior de empresas de telecomunicações nos Estados Unidos do que se pensava anteriormente. Entre as empresas afetadas estão a Charter Communications, a Consolidated Communications e a Windstream. A informação foi divulgada no último sábado, citando fontes próximas ao caso.

Os invasores exploraram dispositivos de rede que não possuíam as atualizações de segurança necessárias, especialmente aqueles fornecidos pela empresa Fortinet. Além disso, grandes roteadores de rede da Cisco Systems também foram comprometidos, segundo o jornal.

As invasões se estenderam a redes de grandes operadoras, como AT&T e Verizon, além de outras empresas, incluindo Lumen Technologies e T-Mobile. A amplitude das invasões levanta sérias preocupações sobre a segurança das infraestruturas de telecomunicações nos Estados Unidos.

A China, por sua vez, negou qualquer envolvimento nas ações de ciberespionagem e acusou os Estados Unidos de disseminar desinformação. A tensão entre os dois países aumenta à medida que mais informações sobre as invasões são reveladas.

O assessor de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, alertou executivos do setor de telecomunicações e tecnologia em uma reunião secreta na Casa Branca, realizada em 2023, sobre a capacidade dos hackers de desligar portos, redes elétricas e outros alvos críticos da infraestrutura americana.

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A operação de ciberespionagem, conhecida como Salt Typhoon, está ligada a atividades de hackers associados ao governo chinês. Apesar das invasões, as operadoras de telefonia móvel nos Estados Unidos afirmaram que suas redes estão agora seguras, pois estão colaborando com autoridades policiais e governamentais para mitigar os riscos.

As empresas afetadas estão sob pressão para aumentar suas medidas de segurança e garantir a proteção dos dados de seus clientes. A situação destaca a necessidade urgente de um fortalecimento das defesas cibernéticas, especialmente em um cenário onde as ameaças digitais estão se tornando cada vez mais sofisticadas.

As autoridades americanas estão avaliando a extensão das invasões e considerando medidas adicionais para proteger as infraestruturas críticas do país. A situação atual levanta questões sobre a eficácia das políticas de segurança cibernética e a capacidade das empresas de telecomunicações em responder a tais ameaças.

O aumento das preocupações sobre a segurança cibernética também reflete um contexto mais amplo de tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China, onde a desconfiança mútua tem se intensificado nos últimos anos. A proteção das redes de telecomunicações é vista como uma prioridade estratégica para o governo americano.

Enquanto isso, o debate sobre a segurança das infraestruturas críticas continua a ser uma questão central nas discussões sobre a política de defesa e segurança nacional dos Estados Unidos. As empresas de telecomunicações estão sendo instadas a adotar uma postura mais proativa em relação à segurança cibernética, a fim de proteger não apenas seus ativos, mas também a confiança dos consumidores.

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