Em Miranorte (TO), familiares enfrentam chuva e indignação ao enterrar idosa de 87 anos sem auxílio de coveiro.
06 de Janeiro de 2025 às 17h50

Família sepulta idosa com as próprias mãos após coveiro não comparecer

Em Miranorte (TO), familiares enfrentam chuva e indignação ao enterrar idosa de 87 anos sem auxílio de coveiro.

Familiares de uma idosa de 87 anos, que faleceu em Miranorte, no Tocantins, se viram obrigados a realizar o sepultamento da mulher com as próprias mãos, no último domingo (5), após a ausência do coveiro no cemitério municipal. O episódio gerou revolta entre os parentes, que esperaram por cerca de 30 minutos pela chegada do funcionário, sem sucesso.

O sepultamento ocorreu no cemitério São João Batista, onde os familiares, sob forte chuva, cavaram a terra e utilizaram baldes para retirar a lama acumulada. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a cena angustiante, com os netos e filhos da falecida expressando sua indignação: “O coveiro não está aqui, quem está fazendo o enterro da minha avó somos nós, os netos e os filhos”.

A neta da idosa, Tharwelcy Noleto, relatou que o velório começou às 8h30 e o sepultamento estava agendado para às 17h. Segundo ela, a família havia combinado previamente o horário com o coveiro, mas, após as intensas chuvas que atingiram a cidade, o funcionário desapareceu sem qualquer explicação.

“Estava chovendo muito na hora do sepultamento e a cova estava cheia de água. Na hora de colocar o caixão na cova, não havia corda, a gente que desceu o caixão da minha avó”, afirmou Tharwelcy, visivelmente emocionada.

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A situação gerou uma onda de indignação entre os familiares, que planejam acionar a Justiça, alegando que o episódio expôs falhas nos serviços públicos e resultou em um sepultamento que consideram indigno. “Ela não teve um enterro digno, a gente que fez o sepultamento dela, se não fosse a gente, não teria sido enterrada”, declarou a neta.

Até o momento, a Prefeitura de Miranorte não se manifestou sobre o ocorrido e não prestou esclarecimentos à família. Os parentes reforçaram que a falta de apoio em um momento tão delicado gerou constrangimento e sofrimento adicional.

O caso levanta questões sobre a responsabilidade dos serviços funerários e a necessidade de garantir que famílias em luto recebam o suporte adequado em momentos de dor. A ausência do coveiro, que deveria ter sido um suporte essencial, transformou um momento de despedida em uma situação de desespero e indignação.

Os familiares aguardam uma resposta da administração municipal, que ainda não se pronunciou sobre a falha no atendimento e a falta de assistência durante o sepultamento. A expectativa é que a situação seja esclarecida e que medidas sejam tomadas para evitar que episódios como este se repitam no futuro.

A situação em Miranorte é um lembrete da importância de garantir serviços públicos adequados, especialmente em momentos críticos como a perda de um ente querido. A falta de um coveiro em um momento tão delicado não apenas frustrou as expectativas da família, mas também levantou questões sobre a responsabilidade do município em assegurar que os serviços funerários sejam prestados de maneira digna e respeitosa.

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