Governo federal é acusado de não enviar vacinas suficientes contra dengue em SP
Prefeitura de São Paulo critica falta de doses e afirma que imunização de crianças está comprometida.
A Prefeitura de São Paulo denunciou que o governo federal não enviou a quantidade necessária de vacinas contra a dengue, o que impede a ampliação da vacinação para outras faixas etárias além de 10 a 14 anos. A afirmação foi feita pelo Secretário da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, durante a inauguração de uma Unidade Básica de Atendimento no bairro de Sacomã, na zona sul da capital paulista.
Segundo Zamarco, o Ministério da Saúde se comprometeu a enviar 100 mil doses na próxima quarta-feira, dia 8. No entanto, a Prefeitura alega que ainda faltam 691 mil doses para completar o plano de vacinação da primeira dose, que visa atender a população infantil.
“Estamos comunicando ao Ministério da Saúde que ele não tem mandado em quantidade suficiente”, declarou o secretário, enfatizando a urgência da situação. Até o momento, 223 mil crianças receberam a primeira dose da vacina, mas ainda há uma demanda de 388 mil doses a serem aplicadas.
Em relação à segunda dose, 126 mil crianças foram vacinadas, enquanto a Secretaria aguarda o envio de 474 mil doses para concluir o esquema vacinal. Ao todo, a Prefeitura de São Paulo afirma estar esperando o envio de 851 mil doses para atender a população.
A falta de vacinas pode comprometer o esquema de imunização das crianças, o que preocupa as autoridades locais. A dengue é uma doença que tem apresentado surtos em diversas regiões do Brasil, e a vacinação é uma das principais estratégias para conter a disseminação do vírus.
O secretário Zamarco ressaltou que a situação foi comunicada ao governo federal, mas até o momento não houve uma resposta satisfatória. “Estamos fazendo o possível para garantir a saúde das nossas crianças, mas precisamos do apoio do governo federal”, afirmou.
A Prefeitura de São Paulo já havia alertado anteriormente sobre a necessidade de um envio mais consistente de vacinas, especialmente em períodos críticos de surtos da doença. A falta de doses pode não apenas atrasar a vacinação, mas também aumentar o risco de contágio entre a população infantil.
As autoridades municipais continuam a pressionar o governo federal por uma solução rápida para a questão, na esperança de que a situação se normalize e que as vacinas necessárias sejam enviadas o quanto antes.
Enquanto isso, a Prefeitura mantém suas campanhas de conscientização sobre a dengue e a importância da vacinação, buscando mobilizar a população para que as crianças sejam vacinadas assim que as doses estiverem disponíveis.
O cenário atual evidencia a necessidade de uma coordenação mais eficaz entre os níveis federal e municipal de saúde, especialmente em tempos de crise sanitária, onde a agilidade na entrega de vacinas é crucial para a proteção da população.
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