Biden acredita que poderia ter vencido Trump na eleição de 2024, mas hesita sobre novo mandato
O presidente dos EUA expressa incertezas sobre sua capacidade de cumprir um segundo mandato completo.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, afirmou que acredita que poderia ter derrotado Donald Trump nas eleições de 2024, caso tivesse permanecido na disputa. Em uma entrevista ao jornal USA Today, Biden declarou: “É presunçoso dizer isso, mas eu acho que sim, com base nas pesquisas”.
Durante a conversa, Biden comentou que sua avaliação se baseia em dados de pesquisas que analisou, embora não tenha especificado quais. Ele reconheceu, no entanto, que enfrentou dificuldades nas pesquisas de popularidade antes de decidir se retirar da corrida eleitoral em julho de 2024, após um desempenho considerado fraco no primeiro debate presidencial.
“Quando Trump estava se candidatando novamente à reeleição, eu realmente achava que tinha a melhor chance de derrotá-lo. Mas também não estava procurando ser presidente aos 86 anos”, disse Biden, expressando dúvidas sobre sua capacidade de governar por mais quatro anos.
O presidente também mencionou que sua decisão de não concorrer à reeleição foi influenciada por pressões internas em seu partido, incluindo apelos de figuras proeminentes como a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi. A crescente insatisfação entre os democratas se intensificou após o debate de junho, que levantou questionamentos sobre sua saúde e capacidade cognitiva.
Após anunciar sua saída da corrida, Biden imediatamente apoiou a vice-presidente Kamala Harris como a candidata do Partido Democrata para as eleições de 2024. Em um discurso à nação, ele afirmou que “o melhor caminho a seguir é passar o bastão para uma nova geração”.
Além de discutir sua possível vitória sobre Trump, Biden também abordou a questão de emitir perdões preventivos antes de deixar o cargo. Ele indicou que ainda não tomou uma decisão sobre a concessão de perdões a possíveis alvos de Trump, ressaltando que sua escolha dependeria, em parte, das nomeações que o ex-presidente faria para seu governo.
“Se houver mais perdões preventivos, a decisão será baseada um pouco em quem Trump escolher para os principais cargos de administração”, afirmou Biden. Entre os nomes que poderiam ser considerados para perdão estão figuras como o general aposentado Mark Milley e a ex-representante Liz Cheney.
Em relação ao seu legado, Biden expressou o desejo de ser lembrado por seu “plano para restaurar a economia e restabelecer a liderança dos EUA no mundo”. Ele reconheceu que enfrentou desafios em combater a desinformação e em implementar novas infraestruturas durante seu mandato.
O presidente também refletiu sobre sua relação com o ex-presidente Jimmy Carter, destacando a importância de sua visita ao líder em 2021 e sua intenção de prestar homenagem a Carter durante seu funeral de estado em Washington.
Com a posse de Trump marcada para 20 de janeiro, Biden se prepara para deixar a presidência, enquanto a nação observa as implicações de sua administração e as promessas de seu sucessor.
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