Relatório do Escritório de Representação Comercial dos EUA destaca a Rua 25 de Março como um dos maiores centros de produtos falsificados na América Latina.
08 de Janeiro de 2025 às 16h44

EUA incluem Rua 25 de Março em lista de mercados notórios por pirataria

Relatório do Escritório de Representação Comercial dos EUA destaca a Rua 25 de Março como um dos maiores centros de produtos falsificados na América Latina.

A Rua 25 de Março, um dos principais centros de comércio popular em São Paulo, foi incluída na lista revisada dos mercados notórios de falsificação e pirataria, conforme divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Escritório de Representação Comercial dos Estados Unidos (USTR).

O relatório destaca que a área, que abrange também a Santa Ifigênia e o bairro do Brás, é um dos maiores mercados atacadistas e varejistas de produtos falsificados no Brasil e na América Latina, com mais de mil lojas dedicadas à venda de bens ilegais.

“Os mercados da Rua 25 de Março são notórios por venderem produtos falsificados e piratas, além de abrigarem armazéns que estocam esses produtos”, afirma o documento.

Além da Rua 25 de Março, o relatório menciona outros locais, como o Shopping Tupan, a Feira da Madrugada e a Galeria Pagé, que também são conhecidos pela comercialização de mercadorias ilegais.

O USTR observa que a região é responsável pela distribuição de uma ampla gama de produtos falsificados, incluindo eletrônicos, roupas, calçados, óculos, perfumes e brinquedos. O relatório ainda menciona dispositivos de evasão, como copiadoras de jogos e consoles pré-carregados com cópias de videogames.

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Apesar das ações de fiscalização, o relatório alerta que os responsáveis pelo comércio de bens ilegais na Rua 25 de Março não têm sido responsabilizados. “Embora haja algumas tentativas de controle, os mercados clandestinos continuam operando”, diz o texto.

O documento também ressalta que a falsificação e a pirataria são preocupações globais, afetando não apenas os Estados Unidos, mas diversos outros países. Em resposta a esse cenário, o USTR incentiva a colaboração entre governos e setores privados para combater essas práticas.

O relatório menciona ainda os esforços do Brasil em operações de combate à pirataria, como a Operação 404, realizada em setembro de 2024, que focou em sites e aplicativos de streaming de música, resultando na prisão de suspeitos.

O USTR identificou um total de 38 mercados online e 33 mercados físicos ao redor do mundo que facilitam a falsificação de marcas registradas e a pirataria de direitos autorais.

Por fim, o relatório destaca que a China continua a ser a principal fonte de produtos falsificados globalmente, representando 84% do valor dos produtos apreendidos pela alfândega em 2023.

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