Ataque ao palácio presidencial do Chade resulta em 19 mortes, incluindo um guarda

Na noite de quarta-feira, 8 de janeiro, o palácio presidencial do Chade, localizado na capital N'Djamena, foi alvo de um ataque por um grupo armado composto por 24 indivíduos. O incidente resultou na morte de 19 pessoas, sendo 18 dos agressores, conforme confirmado pelas autoridades locais.

O ataque ocorreu por volta das 19h45, horário local, quando os homens armados invadiram as instalações presidenciais. As forças de segurança reagiram rapidamente, conseguindo controlar a situação e neutralizar os atacantes. Um membro da guarda presidencial foi confirmado como uma das vítimas fatais, e outros três guardas ficaram feridos, um deles em estado grave.

Abderaman Koulamallah, porta-voz do governo e ministro das Relações Exteriores, declarou em um vídeo divulgado nas redes sociais que “a situação está completamente sob controle” e que “toda essa tentativa de desestabilização foi erradicada”. Ele também lamentou a morte de um guarda e os ferimentos de outros, ressaltando a eficácia da resposta das forças de segurança.

Fontes de segurança indicaram que os atacantes eram supostos integrantes do grupo jihadista Boko Haram, que tem sido uma ameaça constante na região do Lago Chade, que abrange partes do Chade, Camarões, Nigéria e Níger. O governo, no entanto, descreveu o ataque como uma ação desesperada de indivíduos desorganizados e sob efeito de drogas e álcool.

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O ataque ocorreu apenas algumas horas após a visita do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que se reuniu com líderes chadianos, incluindo o presidente Mahamat Déby Itno. A presença do presidente no palácio durante o ataque foi confirmada, mas as autoridades garantiram que ele não foi ferido.

As ruas ao redor do palácio foram rapidamente bloqueadas, e tanques foram posicionados em pontos estratégicos da cidade para garantir a segurança da população. Civis foram orientados a se afastar da área enquanto a situação era controlada.

Chade, um país sem saída para o mar na África Central, tem enfrentado uma série de desafios políticos e de segurança nos últimos anos, especialmente após uma eleição controversa que resultou na vitória de Mahamat Déby Itno, que assumiu o poder após a morte de seu pai, Idriss Déby, em 2021. O novo governo tem enfrentado críticas de grupos de oposição que alegam fraudes e repressão durante o processo eleitoral.

Além das tensões políticas internas, o Chade também tem lidado com a crescente influência de grupos jihadistas na região, que frequentemente realizam ataques contra as forças de segurança. O governo chadiano tem se esforçado para combater essas ameaças, mas a situação permanece volátil.

O ataque ao palácio presidencial levanta preocupações sobre a segurança do governo e a capacidade das forças de segurança de proteger as instituições do país. O governo chadiano, no entanto, reafirma seu compromisso em manter a ordem e a estabilidade, apesar dos desafios enfrentados.