Os incêndios florestais que atingem Los Angeles deixaram dez mortos e devastaram cerca de 10 mil imóveis, segundo autoridades locais.
10 de Janeiro de 2025 às 10h33

Incêndios em Los Angeles já causaram dez mortes e destruíram 10 mil imóveis

Os incêndios florestais que atingem Los Angeles deixaram dez mortos e devastaram cerca de 10 mil imóveis, segundo autoridades locais.

Os incêndios florestais que assolam Los Angeles resultaram na morte de pelo menos dez pessoas, conforme informou o serviço legista local na quinta-feira (9). As chamas, que começaram a se espalhar na terça-feira (7), já destruíram aproximadamente 10 mil imóveis, incluindo casas e edifícios, enquanto os ventos secos do deserto intensificam a situação crítica.

Os incêndios em Pacific Palisades, localizado entre Santa Monica e Malibu, e em Eaton, na parte leste da cidade, são considerados os mais devastadores da história de Los Angeles. Até o momento, as chamas consumiram cerca de 13.750 hectares, reduzindo bairros inteiros a cinzas.

De acordo com o serviço legista do condado de Los Angeles, o número de vítimas fatais subiu para dez até o final da tarde de quinta-feira. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a identidade das vítimas.

O xerife do condado, Robert Luna, em coletiva de imprensa, expressou sua preocupação com a possibilidade de que o número de mortos continue a aumentar. Ele afirmou: “Parece que uma bomba atômica caiu nessas regiões. Não espero boas notícias e não estamos ansiosos para descobrir esses números”.

A empresa de previsões meteorológicas AccuWeather estima que os danos econômicos causados pelos incêndios variam entre US$ 135 bilhões e US$ 150 bilhões, o que sugere uma recuperação difícil e um aumento nos custos de seguro para os proprietários.

A prefeita democrata de Los Angeles, Karen Bass, afirmou que a cidade já está planejando uma reconstrução dinâmica. No entanto, ela tem sido alvo de críticas por sua gestão da catástrofe, especialmente por parte do presidente eleito Donald Trump e outros republicanos, que questionam sua eficiência.

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Trump também criticou o governador da Califórnia, Gavin Newsom, alegando incompetência no gerenciamento da crise. Uma reportagem do jornal Le Figaro menciona as acusações do republicano de que 20% dos hidrantes em Pacific Palisades estavam secos durante os incêndios.

O presidente em exercício, Joe Biden, que declarou estado de emergência na terça-feira, prometeu que o governo federal cobrirá integralmente os custos de reconstrução nos próximos 180 dias. Isso inclui a remoção de destroços, a construção de abrigos temporários e o pagamento dos salários dos socorristas.

“Eu disse ao governador e às autoridades locais para não economizarem esforços para conter esses incêndios”, afirmou Biden após uma reunião com seus principais conselheiros na Casa Branca.

Um grande avião Super Scooper, emprestado pelo Canadá, foi danificado após colidir com um drone civil não autorizado perto do incêndio em Palisades, segundo o serviço de bombeiros do condado de Los Angeles. Felizmente, não houve feridos registrados.

Na quinta-feira, um novo incêndio começou nas proximidades de Calabasas, uma das cidades mais ricas dos Estados Unidos, que abriga várias celebridades. O “Kenneth Fire” se expandiu rapidamente, atingindo 388 hectares em poucas horas.

O jornal Le Monde destaca que os incêndios ameaçaram propriedades de famosos, como o ator Billy Crystal, que perdeu a casa onde morava desde 1976, e a socialite Paris Hilton, residente em Malibu. A Villa Getty, que abriga uma coleção de arte greco-romana, também foi salva por pouco das chamas.

Os incêndios representam uma ameaça ao que é considerado o coração da indústria cinematográfica e do entretenimento, incluindo a Calçada da Fama e o Teatro Dolby, onde ocorrem as cerimônias do Oscar.

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