Tribunal Regional Federal valida contratos da Âmbar, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em nova decisão.
13 de Janeiro de 2025 às 10h39

Irmãos Batista são beneficiados com decisão judicial sobre usinas termoelétricas

Tribunal Regional Federal valida contratos da Âmbar, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em nova decisão.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, João Batista Moreira, reverteu uma decisão anterior que favorecia o empresário Carlos Suarez, conhecido como “rei do gás”, e validou os contratos de usinas termoelétricas adquiridas pela Âmbar, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Em junho de 2024, a Âmbar adquiriu 13 usinas da Eletrobras por R$ 4,7 bilhões. Essas usinas enfrentavam dificuldades financeiras, pois não estavam recebendo pelos serviços prestados à Amazonas Energia, uma distribuidora que se encontra em situação deficitária e não tem cumprido suas obrigações financeiras. Ao realizar a compra, a Âmbar assumiu o ônus desse prejuízo.

Três dias após a aquisição, o governo federal publicou uma medida provisória que transferiu o custo da energia não recebida para os consumidores brasileiros, através da transformação dos contratos, além de promover um socorro financeiro à Amazonas Energia. Essa decisão gerou críticas de especialistas, que apontaram um possível favorecimento à empresa dos irmãos Batista, embora o governo tenha negado qualquer irregularidade.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não aprovou a transformação dos contratos, resultando em um empate entre os diretores da agência reguladora. No entanto, a Justiça Federal da primeira instância no Amazonas determinou a aprovação da negociação e a transferência da Amazonas Energia para os irmãos Batista.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

A Cigás, companhia de gás do Amazonas, entrou na Justiça solicitando o direito de dar anuência à transformação dos contratos, o que poderia inviabilizar o negócio. A Cigás, que é controlada pelo Estado do Amazonas e pela Termogás, empresa de Suarez, argumentou que deveria ser ouvida devido aos impactos que a mudança poderia causar em seus contratos.

A primeira instância da Justiça Federal do Amazonas negou o pedido da Cigás. No início da semana, o desembargador Ney Bello, da segunda instância, havia dado ganho de causa à companhia.

Agora, em nova decisão, o presidente do TRF reverteu a sentença do desembargador, desfazendo a vitória de Suarez no processo. Essa decisão é vista como um marco importante para os irmãos Batista, que continuam a expandir seus negócios no setor energético.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também:

Tópicos: