Região ainda se recupera de um forte terremoto que deixou mais de 100 mortos e 200 feridos na semana passada.
13 de Janeiro de 2025 às 13h53

Novos tremores de 4,9 e 5,0 atingem o Tibete após tragédia de 126 mortos

Região ainda se recupera de um forte terremoto que deixou mais de 100 mortos e 200 feridos na semana passada.

Na manhã desta segunda-feira (13), o Tibete foi novamente abalado por dois terremotos, com magnitudes de 4,9 e 5,0, conforme informações do Centro de Redes de Terremotos da China. Os tremores ocorreram no condado de Tingri, que já havia sido devastado por um terremoto de magnitude 6,8 na semana anterior, resultando na morte de pelo menos 126 pessoas.

Até o momento, não há relatos de vítimas ou danos causados pelos tremores desta segunda-feira. A região montanhosa do Tibete, que abriga mais de 2 milhões de habitantes, está em processo de recuperação após a tragédia recente.

O terremoto da semana passada, que ocorreu na manhã de terça-feira (7), teve um impacto significativo, com 126 mortes confirmadas e 188 feridos, segundo a agência de notícias AFP. Os tremores foram sentidos não apenas no Tibete, mas também em áreas do oeste da China e no Nepal, que faz fronteira com a região.

As operações de resgate mobilizaram cerca de 1,5 mil bombeiros e trabalhadores de emergência, que atuaram na busca por sobreviventes entre os escombros. O Ministério da Gestão de Emergências da China informou que os números de mortos e feridos estão sendo atualizados à medida que as equipes de resgate avançam nos trabalhos.

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O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou o terremoto da semana passada com uma magnitude de 7,1, enquanto a China o classificou como 6,8. O epicentro foi localizado a aproximadamente 75 quilômetros ao norte do Monte Everest, uma área conhecida por sua intensa atividade sísmica devido ao encontro das placas tectônicas da Índia e da Eurásia.

Além das fatalidades, a emissora estatal CCTV reportou que cerca de mil casas foram danificadas e mais de 50 tremores secundários foram registrados nas horas seguintes ao terremoto principal. A altitude média na região do epicentro é de cerca de 4.200 metros, o que torna a resposta a desastres ainda mais desafiadora.

As comunidades localizadas a menos de 5 quilômetros do epicentro enfrentaram dificuldades, e a cidade de Lhasa, capital do Tibete, está a 380 quilômetros do local dos tremores. Em Kathmandu, capital do Nepal, os moradores relataram que o tremor os fez sair às pressas para as ruas.

A região do Tibete é conhecida por sua atividade sísmica, com terremotos frequentes devido à movimentação das placas tectônicas. Historicamente, a área já foi palco de eventos sísmicos devastadores, como o terremoto de 2015, que causou o deslocamento do Monte Everest e resultou em milhares de mortes no Nepal.

Os especialistas alertam que a região continuará a ser monitorada, uma vez que a atividade sísmica é comum e pode resultar em novos tremores. O governo chinês e as autoridades locais seguem empenhados em prestar assistência às vítimas e restaurar a normalidade na vida das comunidades afetadas.

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