Financiamento permitirá a produção de whey protein e lactose, além de queijo e manteiga; 250 empregos diretos serão gerados.
13 de Janeiro de 2025 às 17h42

Piracanjuba recebe R$ 499 milhões do BNDES para nova unidade no Paraná

Financiamento permitirá a produção de whey protein e lactose, além de queijo e manteiga; 250 empregos diretos serão gerados.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 499 milhões para o Grupo Piracanjuba, conhecido por seus laticínios, visando a construção de uma nova unidade industrial em São Jorge d’Oeste, no Paraná. O projeto, que representa um investimento total de R$ 612 milhões, tem como objetivo a produção de whey protein, lactose em pó, queijo muçarela e manteiga.

A nova unidade terá a capacidade de processar até 1,2 milhão de litros de leite por dia. De acordo com o BNDES, a instalação será dividida em duas plantas: a primeira focará na produção de queijo muçarela e manteiga, enquanto a segunda se dedicará ao aproveitamento do soro de leite, um subproduto da fabricação de queijos, para a produção de whey protein e lactose em pó.

O projeto é considerado estratégico, uma vez que atualmente cerca de 85% do whey protein consumido no Brasil é importado. Com a nova unidade, a produção nacional desse produto deve aumentar significativamente, contribuindo para a redução da dependência de importações e promovendo a nacionalização da produção.

“A aprovação desse projeto representa a expansão da fronteira tecnológica brasileira, com a nacionalização da produção e dos sistemas industriais, além de contribuir com a substituição da importação de produtos que chegam a US$ 54 milhões na balança comercial brasileira”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

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Além de atender à demanda interna, a nova unidade deve gerar 250 empregos diretos na região, impactando positivamente a economia local. Mercadante destacou que a construção da unidade trará ganhos de escala e eficiência, alinhando-se aos modelos internacionais de produção.

Luiz Claudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba, ressaltou a importância do projeto para o crescimento da empresa. “A unidade reunirá alta tecnologia, com equipamentos modernos e alta capacidade, que contribuirão para a padronização e qualidade dos produtos, além de eficiência operacional, sempre com uma perspectiva sustentável”, disse.

O BNDES também enfatizou que a nova planta terá uma grande pegada de descarbonização, uma vez que o transporte do soro de leite entre diferentes fábricas será minimizado. Isso não apenas reduzirá os custos operacionais, mas também diminuirá o impacto ambiental da produção.

O financiamento do BNDES é composto por R$ 277 milhões do programa BNDES Mais Inovação e R$ 222 milhões da linha Finem. A expectativa é que a nova unidade comece a operar em breve, contribuindo para a diversificação da produção láctea no Brasil e para a melhoria da qualidade dos produtos disponíveis no mercado.

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