Fenômeno climático traz calor intenso ao Sul do Brasil, com máximas próximas a 40°C; meteorologistas alertam para riscos.
13 de Janeiro de 2025 às 23h40

Bolha de calor provoca temperaturas extremas em Santa Catarina e Paraná

Fenômeno climático traz calor intenso ao Sul do Brasil, com máximas próximas a 40°C; meteorologistas alertam para riscos.

Uma intensa “bolha de calor” está se formando e se expandindo pelo Sul do Brasil, afetando especialmente os estados de Santa Catarina e Paraná. O fenômeno, que também impacta países vizinhos como Argentina e Uruguai, deve resultar em temperaturas que podem ultrapassar os 38°C, com picos próximos a 40°C em algumas regiões.

De acordo com o meteorologista Piter Scheuer, a onda de calor é resultado de uma área de alta pressão que aprisiona o ar quente na superfície, intensificando as temperaturas. “No Oeste do Paraná, em Santa Catarina e, principalmente, no sudoeste e no Oeste do Rio Grande do Sul, a bolha de calor pode proporcionar temperaturas próximas ou acima dos 36°C, podendo chegar a 38°C em alguns pontos”, explica Scheuer.

O clima quente e abafado deve predominar, especialmente nas cidades do interior. O meteorologista destaca que a onda de calor deve persistir até o início da próxima semana, trazendo um cenário de calor extremo para a região.

Além das altas temperaturas, a combinação do calor com a umidade elevada pode favorecer a formação de temporais, que tendem a ocorrer principalmente durante a tarde e o início da noite. “Esses temporais são mal distribuídos e irregulares”, alerta Scheuer.

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No centro-leste de Santa Catarina, embora o calor esteja presente, as temperaturas não devem ser tão intensas, variando entre 33°C e 35°C no litoral sul e na Grande Florianópolis. No Vale do Itajaí, as máximas devem ficar entre 30°C e 33°C, enquanto no Oeste, as temperaturas podem alcançar entre 34°C e 36°C.

O risco de temporais é elevado no Oeste catarinense, devido à combinação de calor, alta umidade e baixos valores de pressão atmosférica. A influência do fenômeno climático La Niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico, também contribui para chuvas irregulares, agravando o calor nas regiões afetadas.

Uma bolha de calor, também conhecida como “cúpula de calor”, ocorre quando uma área de alta pressão aprisiona o ar quente na superfície, intensificando as temperaturas. Este fenômeno pode durar vários dias e está se tornando mais frequente devido às mudanças climáticas.

O meteorologista Piter Scheuer prevê que a chuva deve retornar de forma mais frequente e volumosa no final de janeiro e ao longo de fevereiro. “No final de janeiro e nos primeiros dez dias de fevereiro, a chuva se tornará mais frequente e um pouco mais volumosa, mas ainda assim sem muitos extremos”, conclui.

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