Norueguesa de 21 anos se torna a mais jovem a alcançar o Polo Sul sozinha
Karen Kyllesø fez a travessia de 1.130 km em quase 54 dias, enfrentando temperaturas extremas.
Uma jovem norueguesa de apenas 21 anos, Karen Kyllesø, fez história ao se tornar a pessoa mais jovem a chegar ao Polo Sul esquiando sozinha e sem assistência, conforme informaram seus familiares à agência AFP na última terça-feira. Kyllesø, que nasceu em 9 de maio de 2003, percorreu aproximadamente 1.130 km em quase 54 dias no desafiador continente antártico.
O feito de Kyllesø é especialmente significativo, pois ela superou o recorde anterior do francês Pierre Hedan, que, segundo o Guinness World Records, era até então a pessoa mais jovem a alcançar o Polo Sul sozinho, aos 26 anos, em 7 de janeiro de 2024. O feito de Kyllesø foi celebrado por seu treinador, o aventureiro norueguês Lars Ebbesen, que declarou: “Uma página na história polar foi escrita”.
A jovem, que tem 1,52 m de altura e pesa 48 kg, puxou um trenó que pesava cerca de 100 kg até o Polo Sul, enfrentando temperaturas que chegaram a -25°C. Ela chegou ao destino na noite de segunda-feira, após uma jornada que exigiu resistência e determinação.
Antes de conquistar o Polo Sul, Kyllesø já havia se destacado ao se tornar a mulher mais jovem a cruzar a Groenlândia esquiando, feito que alcançou em 2018, aos 15 anos. Essa nova conquista solidifica sua reputação como uma das jovens aventureiras mais promissoras do mundo.
Ao chegar ao Polo Sul, Kyllesø fez uma pergunta que demonstra sua ambição: “Você acha que eu também posso ir ao Polo Sul?”, relembra Ebbesen. Essa curiosidade e determinação são características marcantes da jovem exploradora.
O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, elogiou a coragem e a determinação de Kyllesø, afirmando que ela “segue os passos dos heróis polares noruegueses”, referindo-se a figuras históricas como Roald Amundsen.
Roald Amundsen, um dos mais famosos exploradores polares, foi o primeiro a alcançar o Polo Sul em 1911, após uma corrida trágica contra o britânico Robert Scott, que perdeu a vida, junto com seus companheiros, devido ao frio extremo e à exaustão durante o retorno.
O feito de Kyllesø não apenas marca um novo recorde, mas também inspira futuras gerações a explorarem e a se aventurarem em ambientes extremos, mostrando que a determinação e a coragem podem levar a conquistas extraordinárias.
Veja também: