Prognóstico aponta aumento de 10,2% na produção em relação a 2024, com destaque para a soja e o milho.
14 de Janeiro de 2025 às 11h30

Safra agrícola de 2025 deve atingir 322,6 milhões de toneladas, diz IBGE

Prognóstico aponta aumento de 10,2% na produção em relação a 2024, com destaque para a soja e o milho.

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas para o ano de 2025 está projetada para alcançar um recorde de 322,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 10,2% em comparação ao ano anterior. Essa informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do terceiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

O aumento na produção é atribuído, principalmente, à elevação nas estimativas para a soja, que deve crescer 15,4%, totalizando 22,3 milhões de toneladas a mais. O milho também apresenta resultados positivos, com a primeira safra aumentando em 9,3% (2,1 milhões de toneladas) e a segunda safra em 4,1% (3,7 milhões de toneladas). Além disso, o arroz deve ter um crescimento de 8,1% (856 mil toneladas), enquanto o trigo e o feijão da primeira safra devem crescer 4,8% (360 mil toneladas) e 30,9% (276 mil toneladas), respectivamente.

Por outro lado, a produção de algodão herbáceo em caroço deve se manter estável, com uma estimativa de 2.354 toneladas, enquanto o sorgo apresenta uma queda de 3,2%, equivalente a 127.668 toneladas.

Comparando com o segundo prognóstico, houve um acréscimo de 2,5% na estimativa de produção agrícola para 2025, resultando em 7,8 milhões de toneladas a mais. O levantamento anterior, realizado em dezembro, indicou uma safra de 292,7 milhões de toneladas para 2024, o que representa uma redução de 7,2% em relação a 2023, totalizando 22,7 milhões de toneladas a menos.

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Em relação à área plantada, a previsão é de aumento para o feijão da primeira safra (6,3%), arroz (5,8%), soja (2,7%), algodão herbáceo em caroço (1,6%) e milho da segunda safra (1,2%). No entanto, a área destinada ao milho da primeira safra deve apresentar uma redução de 1,6%, assim como o sorgo (-1,0%) e o trigo (-2,8%).

Carlos Guedes, gerente de agricultura do IBGE, destacou que o crescimento na produção é resultado da recuperação da safra de soja, que enfrentou diversos problemas em 2024. Ele afirmou: “Isso se soma às condições climáticas favoráveis às lavouras na maior parte do Brasil, mesmo com atraso no início do plantio. Os produtores conseguiram recuperar este atraso, utilizando-se de alta tecnologia. Tem chovido de forma satisfatória na maioria das regiões produtoras, o que beneficia as lavouras que estão em campo, como a soja e o milho da primeira safra.”

Esses dados refletem um cenário otimista para a agricultura brasileira, que busca se recuperar das dificuldades enfrentadas nos últimos anos. O desempenho das lavouras é crucial não apenas para a economia do setor, mas também para a segurança alimentar do país e para as exportações.

O IBGE continuará monitorando as condições climáticas e as práticas agrícolas ao longo do ano, a fim de ajustar suas previsões e fornecer informações precisas sobre a produção agrícola brasileira.

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