São Paulo lidera ranking de aluguéis mais altos do Brasil; veja detalhes
Levantamento do Índice FipeZAP revela aumento de 13,5% nos aluguéis em 2024, com São Paulo no topo da lista.
São Paulo se destaca como a capital com o aluguel mais caro do Brasil, conforme o Índice FipeZAP divulgado nesta terça-feira (14). Os dados, que referem-se ao mês de dezembro de 2024, mostram que o preço médio de locação de apartamentos prontos nas 22 capitais e 14 cidades analisadas foi significativo.
O valor do metro quadrado na capital paulista alcançou, em média, R$ 57,59 por mês, representando um aumento de 11,51% em relação ao ano anterior. Para exemplificar, um studio de 30m² custaria cerca de R$ 1.727,70 para locação.
Apesar do crescimento, o levantamento indica uma desaceleração no aumento dos aluguéis, que acumulou 13,50% nos últimos 12 meses, inferior aos 16,16% de 2023 e 16,55% de 2022.
Entre as capitais, Florianópolis (SC) ocupa a segunda posição, com o metro quadrado custando em média R$ 54,97 ao mês, enquanto Recife (PE) aparece em terceiro lugar, com um custo médio de R$ 54,95 ao mês.
Por outro lado, as capitais com aluguéis mais acessíveis incluem Teresina (PI), onde o metro quadrado é de R$ 22,49, seguida por Aracaju (SE) a R$ 24,90 e Fortaleza (CE) a R$ 32,61.
Quando se considera todas as cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP, Barueri (SP) se destaca como a mais cara, com um preço médio de R$ 65,41 por metro quadrado. Em contrapartida, Pelotas (RS) é a cidade mais barata, com aluguéis a R$ 18,61 mensais.
A economista Paula Reis, do DataZAP, explica que a valorização dos aluguéis é resultado da recomposição de preços pós-pandemia e do desempenho positivo da economia brasileira, especialmente em relação ao emprego. A taxa de desemprego em níveis baixos tem impulsionado a demanda por locações, contribuindo para a alta nos preços.
O aumento médio dos aluguéis em 2024 foi de R$ 48,12 por metro quadrado, com os maiores preços sendo registrados para apartamentos de um dormitório, que custaram em média R$ 63,15 por metro quadrado, enquanto os menores valores foram para unidades com três dormitórios, a R$ 41,50.
Especialistas preveem que a tendência é de que os preços continuem a subir em 2025, impulsionados por um mercado de venda restrito e pela alta da Selic, que encarece o crédito imobiliário.
Apesar da valorização dos aluguéis, a rentabilidade para investidores que optaram por imóveis como fonte de renda foi de apenas 6,01%, inferior ao retorno de aplicações financeiras que se tornaram mais atrativas no segundo semestre de 2024.
Veja também: