Déficit primário do governo chega a R$ 66,8 bilhões até novembro de 2024
Tesouro Nacional divulga resultados; rombo em novembro foi de R$ 4,5 bilhões.
O Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira (15) que o governo central registrou um déficit primário de R$ 66,8 bilhões no acumulado de janeiro a novembro de 2024. Esse resultado representa uma melhora significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit atingiu R$ 112,5 bilhões, resultando em uma redução real de 42,6%.
Em novembro, o rombo nas contas públicas foi de R$ 4,5 bilhões. O resultado é uma continuação da tendência de déficits, embora tenha havido uma queda expressiva em comparação ao mesmo mês de 2023, quando o déficit foi de R$ 38 bilhões.
O resultado primário é um indicador importante que reflete a diferença entre as receitas e despesas do governo, excluindo os gastos com juros. Quando as despesas superam as receitas, como no caso atual, isso resulta em um déficit.
A meta fiscal para o ano de 2024 é que o resultado primário seja zerado, o que significa que o governo busca equilibrar suas contas, com uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB. Isso implica que o governo pode permitir um déficit de até R$ 28,8 bilhões sem sofrer sanções.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já indicou que as contas devem terminar o ano com um déficit de 0,1% do PIB, o que corresponde a aproximadamente R$ 28,7 bilhões. Essa projeção considera uma série de fatores, incluindo gastos extraordinários que não serão contabilizados para o cumprimento da meta fiscal.
Os gastos extraordinários incluem recursos destinados ao combate às enchentes no Rio Grande do Sul e ações para enfrentar queimadas, que são considerados fora do cálculo regular das despesas do governo.
O resultado acumulado de R$ 66,8 bilhões até novembro reflete a situação fiscal desafiadora que o governo enfrenta, especialmente em um contexto de recuperação econômica e necessidade de investimentos em diversas áreas.
O governo central, que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social, continua a trabalhar para ajustar suas contas e alcançar a meta fiscal estabelecida, mesmo diante das dificuldades apresentadas pelos números atuais.
Com a divulgação dos dados, a expectativa é que o governo continue a implementar medidas que visem à contenção de despesas e à melhoria da arrecadação, buscando um equilíbrio fiscal que permita um cenário mais sustentável para os próximos anos.
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