Crescimento da economia brasileira é de apenas 0,1% em novembro de 2024, aponta BC
Banco Central divulga dados do IBC-Br, que indicam leve alta na atividade econômica
A economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% no mês de novembro de 2024 em comparação a outubro, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central (BC). O dado é proveniente do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
O IBC-Br subiu de 154 para 154,2 pontos no período, alcançando o maior nível desde o início da série histórica. Em termos anuais, o índice apresentou um aumento de 3,8% e, nos últimos 12 meses até novembro, o crescimento foi de 3,6%.
No trimestre encerrado em novembro, o indicador teve uma alta de 0,89% em relação aos três meses anteriores, considerando a série já ajustada sazonalmente. Sem o ajuste, o IBC-Br mostrou uma expansão de 5,5% no trimestre até novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O IBC-Br é um indicador que monitora mensalmente a atividade econômica, abrangendo setores como indústria, agropecuária, comércio e serviços. Ele é uma ferramenta importante para antecipar possíveis pressões inflacionárias e entender a dinâmica econômica do país.
Os dados mais recentes superaram as expectativas do mercado financeiro e do próprio Banco Central, que revisaram suas projeções de crescimento para cima. No terceiro trimestre de 2024, o PIB também apresentou um avanço de 0,9%, superando as estimativas de economistas.
Apesar do cenário de crescimento, o Banco Central alertou sobre as implicações da taxa de juros elevada, atualmente em 12,25% ao ano, uma das mais altas do mundo em termos reais. Essa taxa tem como objetivo conter as pressões inflacionárias, mas pode resultar em uma desaceleração da economia nos próximos anos, segundo especialistas.
Recentemente, o mercado financeiro projetou uma expansão de 3,5% para 2024, com uma expectativa de redução para 2% em 2025 e 1,8% em 2026. Essas previsões refletem a preocupação com a continuidade do crescimento econômico diante da alta dos juros.
O IBC-Br, que antecipa a evolução do PIB, considera estimativas para a agropecuária, indústria e serviços, além dos impostos, mas não inclui dados sobre a demanda agregada, que são incorporados no cálculo do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora o IBC-Br seja uma ferramenta útil para entender a dinâmica econômica, seus resultados nem sempre coincidem com os dados oficiais do PIB, que são mais detalhados.
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