Estimativa para o PIB do Brasil em 2024 é de 3,2%; desafios para países em desenvolvimento persistem.
16 de Janeiro de 2025 às 21h01

Banco Mundial projeta crescimento de 2,2% para a economia brasileira em 2025

Estimativa para o PIB do Brasil em 2024 é de 3,2%; desafios para países em desenvolvimento persistem.

O Banco Mundial divulgou nesta quinta-feira (16) suas previsões para a economia brasileira, apontando um crescimento de 2,2% para o ano de 2025. Essa projeção faz parte do relatório intitulado Perspectivas Econômicas Globais, que também estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encerrar 2024 com um aumento de 3,2% e alcançar 2,3% em 2026.

Segundo a análise da entidade, os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, enfrentarão dificuldades significativas para se aproximar dos níveis de crescimento das economias avançadas. A expectativa é que a economia global mantenha um crescimento de 2,7% em 2025 e 2026, o mesmo ritmo projetado para 2024.

O relatório destaca que, embora os países em desenvolvimento mantenham uma taxa de crescimento média de 4% nos próximos dois anos, esse percentual é considerado insuficiente para garantir o progresso necessário na redução da pobreza e na consecução de metas de desenvolvimento mais amplas.

Entre os fatores que influenciam essa perspectiva, o Banco Mundial menciona que, enquanto as taxas de juros caíram na maior parte da região, elas permanecem elevadas no Brasil e no México. Além disso, a desaceleração da demanda da China impactou negativamente as exportações, enquanto o superávit comercial da Argentina aumentou devido à redução das importações.

A previsão de crescimento de 2,2% para o Brasil é equiparada à do Chile, que também deve registrar o mesmo índice. Em contraste, o México apresenta uma previsão de crescimento de apenas 1,5%, enquanto a Argentina se destaca com uma projeção de 5%.

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Um dos dados mais positivos do relatório refere-se à Guiana, que deve registrar um crescimento impressionante de 12,3%, impulsionado pela exploração de campos de petróleo em seu território.

O documento também traça um panorama otimista para a América Latina e os países caribenhos, prevendo que, à medida que a Argentina se recuperar, as taxas de juros se normalizarem e a inflação diminuir, o ritmo de crescimento da região deve se intensificar, alcançando 2,5% em 2025 e 2,6% em 2026. A expectativa é que os preços das commodities fortaleçam as exportações da América Latina, embora o crescimento mais moderado da China possa limitar a demanda por esses produtos essenciais.

No que diz respeito ao Brasil, o diagnóstico do Banco Mundial indica que o crescimento deve desacelerar para cerca de 2,2% em ambos os anos, refletindo as políticas monetárias restritivas e o apoio fiscal limitado no país.

Além disso, o relatório ressalta que as economias das nações em desenvolvimento foram responsáveis por 60% do crescimento global. Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sênior de Economia do Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial, alerta que “os próximos 25 anos serão mais difíceis para as economias em desenvolvimento do que os últimos 25”.

Gill acrescenta que “as forças que, no passado, promoveram a ascensão dessas economias dissiparam-se, dando lugar a situações adversas alarmantes, como altos níveis de dívida, baixo crescimento do investimento e da produtividade e aumento dos custos relacionados às mudanças climáticas”.

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