Nikolas Ferreira apoia PEC que pode beneficiá-lo nas eleições de 2026; entenda
Deputado mineiro defende proposta que reduz idade mínima para cargos de presidente, vice e senador para 30 anos.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) manifestou apoio a uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada por um aliado, que, se aprovada pelo Congresso, poderá beneficiá-lo nas eleições de 2026. Atualmente, a Constituição brasileira estabelece a idade mínima de 35 anos para assumir os cargos de presidente, vice-presidente e senador. A proposta do deputado federal Eros Biondini (PL-MG) visa reduzir essa exigência para 30 anos.
De acordo com a justificativa apresentada por Biondini, a proposta “visa promover maior inclusão e participação de jovens na política e em posições de liderança”. O deputado argumenta que “o cenário atual ainda limita a representatividade jovem em cargos decisórios, o que pode causar um distanciamento entre os representantes eleitos e as demandas das novas gerações”.
No X (antigo Twitter), Nikolas Ferreira lembrou que as PECs não necessitam de sanção presidencial após serem aprovadas na Câmara e no Senado para entrarem em vigor. O deputado completará 30 anos em maio deste ano, o que o tornaria elegível caso a proposta seja aprovada.
Além de reduzir a idade mínima para os cargos de presidente, vice e senador, o projeto de Eros Biondini também altera as idades mínimas para outros cargos eletivos. A exigência atual de 30 anos para ser governador ou vice-governador passaria a ser de 28 anos, enquanto o mínimo de 21 anos para ser deputado federal, deputado estadual (ou distrital), prefeito e vice-prefeito seria reduzido para 20 anos.
Eros Biondini é pai da deputada estadual de Minas Gerais, Chiara Biondini (PP). Quando concorreu ao cargo nas eleições de 2022, Chiara tinha apenas 20 anos. Enquanto os demais eleitos assumiram seus mandatos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 1º de fevereiro de 2023, Chiara tomou posse em 22 de fevereiro, no dia em que completou 21 anos. Essa mudança foi possível devido ao Regimento Interno da Assembleia mineira, que permite a posse em até 30 dias a partir da primeira reunião da Casa.
Em entrevista, Biondini admitiu que se inspirou em seu colega de partido e bancada estadual, mas ressaltou que já defendia o “protagonismo dos jovens” na política. “Eu já tinha esse pensamento, avaliando a realidade da política no Brasil e a necessidade de atualização da legislação em função do protagonismo dos jovens. O fenômeno da repercussão e resultado do vídeo do Nikolas nos últimos dias só veio confirmar essa visão”, afirmou.
Nikolas Ferreira publicou recentemente um vídeo com críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à portaria da Receita Federal, que ampliava o monitoramento de transações financeiras via Pix e cartão de crédito, mas que foi posteriormente revogada. O vídeo viralizou, acumulando mais de 315 milhões de visualizações.
O sucesso do vídeo fez de Nikolas o segundo político brasileiro mais seguido no Instagram, superando até mesmo Lula. Interlocutores do Planalto admitiram que o viral de Nikolas foi um dos principais fatores que levaram à revogação da norma.
A PEC de Eros Biondini ainda não está em tramitação na Câmara. Para que uma PEC seja pautada, é necessário o apoio de pelo menos 171 deputados federais. Biondini afirmou que iniciará contatos com parlamentares da oposição ao governo Lula, destacando que “a aceitação está ótima”.
A expectativa é que o texto consiga as assinaturas necessárias até o dia 2 de fevereiro, data do retorno do recesso parlamentar. Após ser protocolada, a proposta será discutida na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
“O nome do PL para a Presidência da República é Bolsonaro, mas em uma eventual situação de inelegibilidade, o que achamos absurdo, o Nikolas poderá ser o nosso nome para presidente do Brasil”, afirmou Eros Biondini, referindo-se às possíveis candidaturas para as próximas eleições.
Entre os nomes cotados da direita para a disputa presidencial em 2026, destacam-se os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.
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