Erika Hilton utiliza estética de Nikolas Ferreira para defender fiscalização do Pix
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) responde críticas à fiscalização do Pix em vídeo semelhante ao de Nikolas Ferreira.
A deputada federal Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, publicou neste sábado, 18, um vídeo nas redes sociais que segue o mesmo tom e formato do divulgado pelo deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais. A gravação foi uma resposta às críticas de Ferreira sobre a fiscalização do sistema de pagamentos Pix, que geraram polêmica e levaram o governo do presidente Lula a revogar novas regras da Receita Federal.
No vídeo, divulgado em seu perfil no Instagram, Erika Hilton adota uma estética semelhante à de Nikolas, com um fundo neutro e música ambiente, intercalando imagens enquanto fala. Entre as imagens, aparecem registros do ex-presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos e do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. A deputada, que possui aproximadamente 3 milhões de seguidores, postou a gravação por volta das 14h, acumulando até o final da tarde 762 mil curtidas e 15 milhões de visualizações.
Durante a gravação, Erika Hilton argumenta que a proposta do governo tinha como objetivo garantir maior transparência e combater irregularidades no sistema financeiro. Ela também critica a disseminação de informações falsas pela extrema direita, que, segundo ela, busca desinformar a população sobre o tema.
Em suas palavras, a deputada afirma: “Quem sempre defendeu a taxação do Pix foi o ex-ministro Paulo Guedes. Ele sempre falou sobre taxar o Pix. O que o governo Lula propôs era algo que já existe, mas a partir dos R$ 5 mil. Atualmente, a Receita Federal já recebe informações de movimentações a partir de R$ 2 mil. É preciso não cair nessa onda de ataque e de mentira.”
O vídeo de Nikolas Ferreira, publicado na última terça-feira, 14, alcançou mais de 170 milhões de visualizações em um único dia e, até o momento, acumula cerca de 318 milhões de visualizações e 8,4 milhões de curtidas. Neste vídeo, Ferreira faz especulações sobre a possibilidade de taxação do Pix, relembrando promessas não cumpridas pelo governo no passado. Ele declara: “Não, o Pix não será taxado. Mas é bom lembrar que a comprinha da China não seria taxada, foi. Não teria sigilo, mas teve. Você ia ser isento do Imposto de Renda, não será mais.”
Um dia após a publicação de Nikolas, o governo decidiu revogar a medida da Receita Federal, em resposta à repercussão negativa e à disseminação de informações distorcidas sobre o tema, incluindo a falsa ideia de que o meio de pagamento seria taxado. Na quinta-feira, 16, o presidente Lula assinou uma Medida Provisória (MP) que garante a não tributação de transferências bancárias realizadas via Pix. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
A nova instrução da Receita, que entrará em vigor no dia 1º de janeiro, exigia que instituições financeiras informassem movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. No entanto, a atualização do monitoramento financeiro não implicava mudanças para os usuários, conforme afirmado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta semana.
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