Trump promete a maior deportação da história e uma primeira semana extraordinária
Durante comício de vitória, Donald Trump delineou planos para sua administração, incluindo ações contra imigração e energia.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou na noite deste domingo, 19, um comício de vitória em Washington, D.C., onde apresentou suas promessas para os primeiros dias de sua nova administração. Trump, que tomará posse como o 47º presidente dos EUA na segunda-feira, 20, afirmou que sua gestão dará início à "maior deportação da história" do país.
Em seu discurso, o mandatário destacou que, em breve, sua administração implementará uma série de ordens executivas que, segundo ele, deixarão os eleitores "extremamente felizes". "Vocês vão ver algo amanhã. Vamos colocar nosso país no caminho certo. Até o pôr do sol de amanhã, a invasão de nossas fronteiras terá chegado ao fim e todos os invasores ilegais estarão, de alguma forma, a caminho de casa", disse Trump.
O presidente eleito também prometeu assinar mais de 200 ordens executivas no seu primeiro dia de governo, afirmando que "cada ordem executiva radical e tola da administração Biden será revogada dentro de horas após eu prestar juramento". Ele enfatizou que os cidadãos poderão se divertir assistindo à televisão no dia seguinte, em referência às suas ações.
Além disso, Trump se comprometeu a tornar públicos os registros relacionados aos assassinatos do presidente John F. Kennedy, de seu irmão Robert Kennedy e do Dr. Martin Luther King Jr. Ele também anunciou planos para a construção do "Grande Domo de Ferro", um sistema de defesa antimísseis, e prometeu ajudar a Carolina do Norte a se recuperar dos danos causados por furacões no ano anterior.
O discurso também abordou a crise imigratória, com Trump reiterando sua intenção de realizar uma operação massiva de deportação. "Muito em breve, começaremos a maior operação de deportação da história americana, maior até do que a do presidente Dwight Eisenhower, que atualmente detém o recorde", afirmou.
Trump criticou a administração Biden, prometendo acabar com o que chamou de "guerra contra a energia americana" e liberar os recursos energéticos do país para combater a inflação e reduzir os custos de energia. "Vamos usar nossos poderes de emergência para permitir que países e empreendedores construam grandes plantas", declarou.
O comício contou com a presença de vários apoiadores de longa data de Trump, incluindo músicos como Kid Rock e Lee Greenwood, além do CEO do UFC, Dana White, e do bilionário da tecnologia Elon Musk. O ator Jon Voight também fez uma aparição, elogiando Trump e afirmando que ele fará a América prosperar novamente.
Trump também minimizou a vitória do presidente Biden em relação ao acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, que foi anunciado na semana anterior. "Estou feliz em informar que os primeiros reféns acabaram de ser libertados. E quem sabe o que vai acontecer. Eu sei que Biden acha que eles fizeram o acordo", declarou, enquanto os apoiadores vaiavam o nome do atual presidente.
O presidente eleito encerrou seu discurso reafirmando seu compromisso de "fazer a América grande novamente", ressaltando que "tudo começa amanhã" após sua posse. "Colocamos a América em primeiro lugar, e tudo começa amanhã. Quando eu levantar minha mão ou eles votarem para ser empossado, seremos empossados juntos. É assim que eu vejo", concluiu Trump.
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