Joe Biden, o atual presidente dos EUA, deixará uma carta para Donald Trump, seu sucessor, em um gesto simbólico e tradicional.
20 de Janeiro de 2025 às 16h18

Biden confirma que deixará carta para Trump, seguindo tradição presidencial

Joe Biden, o atual presidente dos EUA, deixará uma carta para Donald Trump, seu sucessor, em um gesto simbólico e tradicional.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou que deixará uma carta para seu sucessor, Donald Trump, que assumirá a Presidência na próxima segunda-feira, 20 de janeiro de 2025. Este gesto marca a continuidade de uma tradição presidencial que remonta ao governo de Ronald Reagan, em 1989.

Com a posse de Trump, Biden se tornará o primeiro presidente a deixar uma mensagem para a mesma pessoa que lhe escreveu ao assumir a Casa Branca, em janeiro de 2021. A carta de Biden será deixada na mesa do Salão Oval, um espaço que simboliza o poder e a responsabilidade da liderança americana.

A tradição de deixar cartas entre presidentes tem raízes profundas na história dos Estados Unidos. O primeiro presidente a estabelecer essa prática foi Reagan, que, ao final de seu segundo mandato, deixou uma carta para seu vice-presidente, George H. W. Bush. Desde então, todos os presidentes, incluindo Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, seguiram o exemplo.

Embora Trump não tenha comparecido à posse de Biden em 2021, ele também fez questão de manter a tradição e deixou uma carta manuscrita ao novo presidente, que Biden descreveu como “muito generosa”, embora o conteúdo da mensagem permaneça em segredo.

Quando questionado sobre o conteúdo da carta que escreveu para Trump, Biden respondeu apenas: “Isso é entre Trump e eu”, mantendo o mistério sobre suas palavras. A prática de troca de cartas é vista como um símbolo de respeito e continuidade entre as administrações, independentemente das diferenças políticas.

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A importância desse gesto é ressaltada pelo fato de que Trump será o primeiro presidente a ter mandatos não consecutivos desde Grover Cleveland, que ocupou a presidência em dois períodos distintos, de 1885 a 1889 e de 1893 a 1897. Na época, a tradição da carta ainda não existia.

A cerimônia de posse de Trump está programada para ocorrer em um formato indoor, adaptando-se às condições climáticas, uma mudança em relação ao tradicional evento ao ar livre. O novo presidente terá uma agenda intensa no seu primeiro dia, incluindo a assinatura de mais de 200 ordens executivas.

O gesto de Biden não apenas reafirma a tradição, mas também destaca a singularidade da transição de poder, onde um ex-presidente deixa uma mensagem para alguém que, apenas quatro anos antes, ocupava o cargo que agora retorna. Essa dinâmica ressalta a complexidade da política americana e a continuidade das instituições democráticas.

A troca de cartas entre presidentes é um reflexo do respeito mútuo e da importância da transição pacífica de poder, um princípio fundamental da democracia dos Estados Unidos. À medida que Biden se prepara para deixar a Casa Branca, a expectativa sobre o conteúdo da carta e o impacto desse gesto simbólico na relação entre os dois líderes aumenta.

Enquanto o país se prepara para a posse de Trump, a atenção se volta não apenas para as políticas que ele implementará, mas também para o significado histórico dessa transição, marcada pela continuidade de tradições que moldam a política americana.

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