Exames confirmam presença de substância tóxica em familiares de Deise Moura dos Anjos, acusada de homicídios.
20 de Janeiro de 2025 às 17h53

Arsênio encontrado em marido e filho de mulher suspeita de envenenamento em RS

Exames confirmam presença de substância tóxica em familiares de Deise Moura dos Anjos, acusada de homicídios.

Novas evidências surgem no caso de Deise Moura dos Anjos, presa sob suspeita de ter envenenado três familiares com um bolo, em Torres, no Rio Grande do Sul. Exames realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) revelaram a presença de arsênio na urina de seu marido, Diego Silva dos Anjos, e de seu filho, um menino de apenas 10 anos.

Os testes foram realizados na última terça-feira (14) e confirmaram que tanto Diego quanto a criança ingeriram a substância tóxica, levantando preocupações sobre possíveis tentativas de homicídio. A coleta das amostras ocorreu no Posto Médico Legal de Osório, onde o material foi analisado.

Além dos três homicídios, que incluem a morte do sogro de Deise, a mulher pode ser acusada de outras cinco tentativas de assassinato, conforme apurações da polícia. As investigações indicam que a sogra de Deise, Zeli Teresina Silva dos Santos, também foi submetida a exames semelhantes, que confirmaram a presença de arsênio.

As circunstâncias em que o marido e o filho da suspeita ingeriram a substância ainda estão sendo investigadas. A polícia busca esclarecer se a ingestão ocorreu antes ou depois da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro de 2024, em um caso que inicialmente foi tratado como intoxicação alimentar.

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O caso do bolo envenenado ganhou notoriedade após seis membros da família apresentarem sintomas de intoxicação após consumirem o bolo no dia 23 de dezembro de 2024. Três delas, incluindo Zeli, morreram, enquanto outras duas pessoas foram internadas com sintomas graves.

Mensagens recuperadas do celular de Deise revelaram que ela tinha um histórico de desavenças familiares e que, em uma delas, expressou preocupação com o filho, pedindo que cuidassem dele caso algo acontecesse com ela. A polícia agora investiga se Deise pode ser classificada como uma serial killer, dado o padrão de envenenamento em sua família.

Deise está presa desde o dia 5 de janeiro e enfrenta acusações de homicídio duplamente qualificado, além de tentativas de homicídio. A investigação, chamada “Operação Acqua Toffana”, busca esclarecer a extensão dos possíveis crimes cometidos pela mulher e se mais vítimas podem ter sido afetadas.

A polícia também está analisando a possibilidade de que Deise tenha manipulado a família para encobrir seus atos, com base em evidências de que ela pesquisou sobre arsênio na internet antes dos incidentes. A situação continua a se desenvolver, e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam.

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