Hamas anuncia libertação de quatro mulheres israelenses no sábado, 25 de janeiro
Quatro mulheres israelenses, mantidas em cativeiro na Faixa de Gaza, serão libertadas em troca de prisioneiros palestinos, segundo o Hamas.
O grupo fundamentalista islâmico Hamas confirmou que quatro mulheres israelenses, que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza, serão libertadas no próximo sábado, 25 de janeiro. A informação foi divulgada por Taher al-Nunu, dirigente do movimento, em uma declaração à agência de notícias AFP.
Essas mulheres estavam sob a custódia do Hamas desde o ataque terrorista ocorrido em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.210 israelenses e no sequestro de 251 pessoas. O anúncio da libertação ocorre no contexto de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que prevê a troca de prisioneiros como parte das negociações.
O Hamas já havia realizado uma primeira troca no último fim de semana, quando libertou três reféns israelenses: Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. Em contrapartida, Israel soltou 90 prisioneiros palestinos, a maioria mulheres e menores de idade, que estavam detidos em penitenciárias na Cisjordânia.
A identidade das quatro mulheres que serão libertadas no sábado ainda não foi divulgada. No entanto, o Hamas afirmou que todas elas são israelenses e que a troca ocorrerá em um segundo grupo de prisioneiros palestinos, conforme os termos acordados previamente.
O acordo de cessar-fogo, que começou a ser implementado no dia 19 de janeiro, deve durar 42 dias e prevê a libertação de um total de 33 reféns israelenses. Durante esse período, as negociações continuarão para estabelecer uma segunda fase que poderia incluir a liberação de todos os reféns e o fim das hostilidades.
Além da troca de prisioneiros, o acordo inclui um cessar-fogo completo e a retirada das forças israelenses de áreas densamente povoadas em Gaza, bem como um aumento significativo na ajuda humanitária. Autoridades egípcias estimam que até 600 caminhões com suprimentos essenciais possam entrar na região diariamente.
As mulheres que foram libertadas na primeira troca, Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher, foram sequestradas em circunstâncias dramáticas. Gonen estava em um festival de música quando o ataque ocorreu, enquanto Damari e Steinbrecher foram sequestradas em suas casas no kibutz Kfar Aza, no sul de Israel.
O Hamas, por sua vez, continua a ser alvo de críticas internacionais devido à sua abordagem em relação aos reféns e à situação humanitária na Faixa de Gaza, que permanece crítica após meses de conflito.
O cenário atual destaca a complexidade do conflito israelo-palestino, com as trocas de prisioneiros sendo uma das poucas áreas de progresso em meio a um ambiente de tensão e violência persistentes.
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