Gleisi Hoffmann provoca Bolsonaro sobre sua ausência na posse de Trump
A líder do PT, Gleisi Hoffmann, ironiza as queixas do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre sua não ida à posse de Donald Trump.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, provocou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao se referir às suas queixas sobre a impossibilidade de comparecer à posse de Donald Trump, afirmando que ele deveria parar com o “chororô”. A declaração foi feita em resposta à frustração de Bolsonaro por não ter conseguido ir aos Estados Unidos para a cerimônia de posse do novo presidente norte-americano.
Gleisi fez uma série de postagens na rede social X, onde destacou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que compareceram à posse, não puderam entrar no Capitólio e assistiram à cerimônia pela televisão, assim como o ex-presidente. “Assistiram pela TV, como Bolsonaro”, disse Gleisi, ressaltando a situação constrangedora da família Bolsonaro.
A presidente do PT também comentou sobre a comitiva que acompanhou Michelle e Eduardo, afirmando que o “viralatismo dos bolsonaristas beira o inacreditável”. Ela criticou a ida de parlamentares de direita que foram barrados na entrada do Capitólio e assistiram à posse de Trump da mesma forma que os outros membros da família.
Gleisi ainda se referiu ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chamando-o de “vira-lata” por usar um boné com o slogan de campanha de Trump, enquanto o novo presidente norte-americano afirmou que “não precisa do Brasil”. A líder petista enfatizou que essa atitude é uma demonstração de subserviência.
Na segunda-feira (20), Tarcísio foi visto usando um boné com a frase “faça a América grande novamente” e publicou vídeos de Trump, evidenciando sua aproximação com o ex-presidente dos Estados Unidos. No entanto, Trump, já empossado, declarou que os EUA “não precisam” do Brasil e da América Latina, o que reforçou as críticas de Gleisi.
Em sua provocação, Gleisi afirmou que a proibição de Bolsonaro de deixar o país devido a investigações é uma prova da normalidade democrática. Ela chamou o ex-presidente de mentiroso e criticou sua “parentada” por “lamber botas para um presidente estrangeiro”.
Gleisi disse: “A maior evidência de que o Brasil vive na normalidade democrática é sua proibição de conspirar e sair do país, Bolsonaro, e não o contrário, outra de suas mentiras. Você está sendo investigado e foi indiciado por seus crimes no devido processo legal, com pleno direito à defesa”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu passaporte apreendido em fevereiro de 2024, o que impediu sua viagem à posse de Trump. O Supremo Tribunal Federal (STF) negou seu pedido de liberação do passaporte, alegando que a defesa não apresentou os documentos necessários para comprovar o convite.
Bolsonaro havia designado Eduardo como seu representante na cerimônia, enquanto Michelle não estaria envolvida em questões diplomáticas. A situação gerou uma série de ironias e provocações por parte de Gleisi, que continua a criticar a postura do ex-presidente e sua família.
As declarações de Gleisi Hoffmann refletem a polarização política no Brasil e a relação conturbada entre os ex-presidentes e seus seguidores, especialmente em um momento de transição política nos Estados Unidos.
Veja também: