Homem leva corpo da mãe em cadeira de rodas pelas ruas do Rio de Janeiro
Aurora do Nascimento Marques, de 100 anos, foi encontrada em estado de decomposição. Polícia investiga o caso e apura circunstâncias da morte.
Uma cena chocante ocorreu na manhã desta quarta-feira (22) na Rua Cândido Benício, no Campinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Um homem foi flagrado empurrando uma cadeira de rodas com o corpo de sua mãe, Aurora do Nascimento Marques, de 100 anos, que já se encontrava em estado avançado de decomposição. O caso gerou repercussão nas redes sociais e está sendo investigado pela Polícia Civil.
Vídeos que circulam na internet mostram o homem, identificado como filho da idosa, sendo abordado por moradores da região, que questionavam a situação. A Polícia Militar foi acionada e constatou a morte da idosa, que foi encaminhada para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a idosa teria falecido devido a um mal súbito. Em depoimento na 28ª DP (Campinho), o filho relatou que a mãe estava na cama quando começou a se sentir mal. Após a morte, ele tentou contatar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que só compareceu ao local após o segundo chamado. Uma médica atestou o óbito e informou que o Serviço Social buscaria o corpo.
Com a demora na remoção, o homem decidiu levar o corpo da mãe até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca. Durante o trajeto, ele foi abordado por criminosos que o acusaram de ter matado a mãe e o agrediram. O filho, por sua vez, negou as acusações e afirmou que estava apenas tentando buscar ajuda para o corpo.
A Polícia Civil já iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Aurora e as alegações de agressões sofridas pelo filho. O caso gerou comoção entre os moradores da comunidade Bateau Mouche, onde a família reside, e levantou preocupações sobre a situação social e de saúde da idosa antes de seu falecimento.
As autoridades estão analisando as imagens que viralizaram nas redes sociais, que mostram o homem empurrando a cadeira de rodas com o corpo da mãe, e buscando mais informações sobre o que ocorreu antes da morte de Aurora. A 28ª DP (Campinho) continua a investigação, enquanto o CRAS se disponibilizou para oferecer suporte à família.
O episódio, que remete a situações de vulnerabilidade social, também trouxe à tona discussões sobre a assistência social e os cuidados com idosos em comunidades carentes do Rio de Janeiro. A Secretaria de Assistência Social do município informou que está à disposição para prestar o apoio necessário à família da vítima.
Veja também: