Maria Jocilene da Silva, vítima de arroz envenenado, morre no Piauí
A mulher de 41 anos foi a sexta vítima do caso que chocou a região; causa da morte ainda é investigada.
Maria Jocilene da Silva, de 41 anos, faleceu nesta sexta-feira (24) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, Piauí. Ela foi uma das vítimas de um caso de envenenamento que resultou na morte de cinco pessoas da mesma família, ocorrida no dia 1º de janeiro. A causa da morte de Maria ainda está sob investigação, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para análise.
O hospital confirmou a morte e expressou suas condolências à família, ressaltando que a equipe médica atuou com total dedicação. Maria havia sido internada no início do mês após consumir arroz envenenado, mas recebeu alta poucos dias depois. No entanto, ela voltou a ser hospitalizada em estado grave na quarta-feira (22), sem que detalhes sobre a nova internação fossem divulgados.
O envenenamento ocorreu durante um almoço em família, onde o prato baião de dois foi preparado com arroz contaminado por terbufós, um inseticida altamente tóxico. Além de Maria Jocilene, as vítimas fatais incluem Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e seus filhos, Maria Gabriela, de 4 anos, Lauane, de 3 anos, e Igno Davi, de 1 ano e 8 meses, além de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos.
O principal suspeito do crime é Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, que foi preso no dia 8 de janeiro. Ele é padrasto de duas das vítimas e, segundo a polícia, teria envenenado a comida da família. Francisco nega as acusações, mas a investigação o liga a outros casos de envenenamento que resultaram na morte de duas crianças em agosto de 2024.
A tragédia começou quando a família se reuniu para um almoço no dia 1º de janeiro, onde consumiram o baião de dois, que havia sido preparado na noite de Réveillon. Inicialmente, a polícia suspeitava que o veneno estivesse presente em um peixe doado, mas laudos periciais confirmaram que o veneno estava no arroz.
O delegado Abimael Silva, responsável pela investigação, afirmou que a quantidade de veneno encontrada no prato era significativa e que não havia como o veneno ter sido adicionado acidentalmente. A polícia continua a investigar as circunstâncias que levaram a essa série de envenenamentos, que chocou a comunidade local.
Além das mortes, outras quatro pessoas que consumiram o arroz envenenado foram internadas, mas receberam alta. O caso gerou uma onda de comoção e revolta na região, levantando questões sobre a segurança alimentar e a responsabilidade em casos de envenenamento.
As investigações continuam, e a polícia busca esclarecer todos os detalhes que cercam este trágico incidente. O caso de Maria Jocilene é um lembrete doloroso do impacto que um ato de violência pode ter sobre uma comunidade inteira.
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