O presidente afastado Yoon Suk Yeol enfrenta acusações graves após decreto de lei marcial que provocou agitação no país.
26 de Janeiro de 2025 às 10h30

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é indiciado por insurreição após crise política

O presidente afastado Yoon Suk Yeol enfrenta acusações graves após decreto de lei marcial que provocou agitação no país.

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi indiciado por insurreição, segundo informações divulgadas neste domingo (26) por promotores locais. A acusação surge após a imposição de um decreto de lei marcial em 3 de dezembro, que visava restringir direitos civis e fechar o parlamento, mas foi derrubado poucas horas depois pela Assembleia Nacional.

A insurreição é uma das poucas acusações criminais que não oferecem imunidade a um presidente sul-coreano. As consequências podem ser severas, incluindo pena de prisão perpétua ou até mesmo a morte, embora a Coreia do Sul não tenha realizado execuções em décadas, conforme informações da Reuters.

O porta-voz do Partido Democrata, Han Min-soo, anunciou em coletiva de imprensa que “a promotoria decidiu indiciar Yoon Suk Yeol, que está enfrentando acusações de ser um líder de insurreição”. Ele acrescentou que “a punição do líder da insurreição começa finalmente agora”.

Yoon Suk Yeol está detido desde o último dia 15, em regime de confinamento solitário, após semanas de tentativas de prisão. A investigação que resultou em sua detenção analisa as circunstâncias em torno do decreto de lei marcial e suas implicações políticas.

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A lei que Yoon tentou implementar, que durou apenas seis horas, provocou uma das maiores crises políticas na Coreia do Sul em décadas. A decisão de instaurar a lei martal foi amplamente criticada e rapidamente rejeitada pelos deputados, levando a uma onda de agitação política no país.

Além de Yoon, o primeiro-ministro e vários altos oficiais militares também estão sendo investigados por suas supostas ligações com a insurreição. A situação política se agravou com a abertura de um processo de impeachment contra Yoon, que está atualmente sendo analisado pela Suprema Corte, que decidirá se ele deve perder o cargo de forma definitiva.

A crise política na Coreia do Sul não apenas abalou a confiança no governo, mas também trouxe à tona questões sobre a estabilidade da quarta maior economia da Ásia, que é uma importante aliada dos Estados Unidos. A situação continua em desenvolvimento, com a expectativa de novas repercussões políticas nos próximos dias.

O gabinete do promotor não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário sobre o indiciamento de Yoon Suk Yeol, o que deixa em aberto a possibilidade de mais desdobramentos nesta já complexa situação política.

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